Ciência

SUS: detalhes do 1º remédio à base de maconha incorporado à rede pública de saúde

18 • 09 • 2020 às 16:29 Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Segundo informações do Ministério da Saúde, um remédio a base de maconha deve ser incorporado ao SUS em 2021. O Canabidiol Prati-Donaduzi, registrado e autorizado pela Anvisa, pode incorporar o grupo de substâncias utilizadas para tratamento de epilepsia pela rede pública de saúde do nosso país. A reportagem original é do HuffPost Brasil.

– Óleo retirado da maconha é aprovado no tratamento de pacientes com epilepsia

Maconha medicinal no SUS pode ser realidade já em 2021, mas processo burocrático pode atrasar a realização do sonho de milhares de família que dependem do CDB para tratamento de doenças raras e graves

Em abril desse ano, a ANVISA já havia concedido autorização para comercialização do medicamento, que, tecnicamente, não é um medicamento. Segundo determinação da agência reguladora, as soluções terapêuticas à base de maconha não vão entrar na mesma categoria do Tylenol e do Dorasil, serão ‘derivados de cannabis’.

Agora, o Canabidiol Prati-Donaduzi, produzido no Paraná, pode ser incorporado à lista de remédios que podem ser receitados e fornecidos pela rede pública de saúde. Esse é um passo enorme para os pacientes que dependem desse tipo de substância para tratamento. A decisão final será tomada em fevereiro, mas parece ter apoio das autoridades.

– Pacientes do DF não precisam mais acionar Justiça para uso de canabidiol

A decisão de inclusão do remédio na lista de terapias do SUS foi tomada após decisão judicial do TRF da 1ª Região. O judiciário acatou um pedido do Ministério Público que pedia a democratização do tratamento com canabinoides para vítimas da epilepsia e da esclerose múltipla. Existe farta documentação científica da eficiência do CDB sobre tema.

– SUS terá que oferecer medicamentos à base de maconha, determina TRF

O debate sobre a maconha medicinal é amplo, mas até setores conservadores e militares do governo defendem a utilização do óleo de canabidiol para tratamento de diversas doenças. As fartas evidências científicas sobre o potencial terapêutico do CDB e do THC não podem ser mais ignorados.

Publicidade

Fotos: © Getty Images


Canais Especiais Hypeness