Em mais um caso de racismo em algoritmos, a plataforma de videochamadas Zoom recebeu críticas após um professor negro de pós-doutorado ter a cabeça “cortada” durante aulas online em que utilizava os fundos virtuais oferecidos pelo programa. Por meio de um tuíte, o aluno Colin Madland explicou o caso e chamou a atenção de mais de 55 mil usuários da rede social, que também ficaram intrigados com a situação.
“Um membro do corpo docente perguntou como impedir que o Zoom removesse sua cabeça enquanto ele usa um plano de fundo virtual. Sugerimos o plano de fundo usual, boa iluminação, etc., mas não funcionou”, explica Colin, no Twitter. “Eu estava em uma reunião com ele hoje quando percebi por que isso estava acontecendo”.
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Da mesma forma que usuários do Twitter começaram a testar o algoritmo da rede social e perceberam que imagens de pessoas brancas são destacadas em detrimento de imagens de pessoas negras, Colin manifestou a insatisfação e questionou a tecnologia do Zoom.
“Entramos em contato diretamente com o usuário para investigar esse problema”, diz um porta-voz do Zoom ao “TechCrunch“. “Estamos empenhados em fornecer uma plataforma que seja inclusiva para todos.”
Ainda em discussões iniciais dentro do grande público, o racismo em tecnologias de reconhecimento facial e outros reflexos da falta de diversidade racial dentro da área tem sido um tópico cada vez mais debatido e levado para a sociedade civil por movimentos de luta pela igualdade de direitos civis.
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