Em meio a pandemia do coronavírus, o álcool gel se tornou um dos produtos mais cobiçados nas prateleiras das farmácias. E não demorou muito para tentarem tirar proveito da situação.
Produtos falsificados e com a composição adulterada tem preocupado pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), que decidiram oferecer testes gratuitos do álcool gel para a população de todo o país.
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A iniciativa ajuda a combater um problema nacional que não é só de direito ao consumidor, mas de saúde pública também. Funciona a partir de uma amostra de um mililitro de álcool gel, que é inserida em uma máquina, e o resultado sai em cerca de dois minutos.

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Avaliado em R$ 1 milhão, o equipamento chamado espectrômetro de RMN (Ressonância Magnética Nuclear) identifica a composição do álcool gel – e de outras substâncias – a partir da análise de propriedades magnéticas. Por enquanto, cerca de 80% das amostras analisadas têm apresentado percentual menor do que o recomendado, não apropriados para uso sanitizante.
Segundo o químico e professor da UFPR, Andersson Barison, a máquina precisa ser “abastecida” a cada semana com 50 litros de nitrogênio líquido e, a cada seis meses, com 100 litros de hélio líquido.
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A substância química fora das normas de segurança pode provocar ressecamento exagerado da pele e até levar à morte por danos causados ao sistema nervoso. Isso sem mencionar a não proteção contra o coronavírus, que causa a doença covid-19.