Sustentabilidade

Calor extremo mata galinhas e preço do ovo deve subir; mais de 500 mil já morreram em SP

08 • 10 • 2020 às 14:20 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um reajuste no preço do ovo deve chegar ao consumidor na segunda quinzena de outubro. Isso porque o forte calor registrado nas últimas semanas no interior de São Paulo – acima de 41 ºC em diversos dias – tem provocado a morte de milhares de galinhas poedeiras em Bastos, no oeste paulista. 

O município é o maior produtor de ovos do estado de São Paulo, com 36% do total, segundo a secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento. No ano passado, foram produzidos cerca de 673 milhões de dúzias nas granjas da cidade. 

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O Sindicato Rural de Bastos não se posicionou oficialmente sobre o volume de mortes provocadas pelo calor na microrregião, mas de acordo apuração do UOL, cerca de 500 mil aves já morreram em 2020 por causa das altas temperaturas no segundo semestre.

Uma das fontes foi a família Kakimoto, que produz 1,3 milhão de dúzias de ovos por mês. A queda na produção diária foi de cerca de 20% em outubro. Do total de 800 mil aves poedeiras, cerca de 50 mil morreram nos últimos sete dias.

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“Nunca vivenciamos temperaturas tão altas como as de agora. Esse é o segundo pior cenário climático da década para os produtores da cidade. Só perdeu para o de novembro de 2012”, afirma o avicultor Sérgio Kakimoto, ao UOL. 

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O índice de preços de ovos levantado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revela que o mês de abril foi de recorde anual, quando o preço da caixa com 30 dúzias atingiu a marca de R$ 116,85, em Bastos. Nos meses seguintes, houve queda por causa do aumento da oferta.

Mas, na virada do calendário para outubro, tudo começou a mudar. Até a semana passada, a caixa era vendida a R$ 85,57. Agora, a média é de R$ 94,00. A tendência é que o preço suba ainda mais nas próximas semanas, por causa da queda na produção e do aumento do consumo por parte das indústrias de alimentos. Essa busca maior ocorre em razão dos preparativos para o Natal.

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Foto: Arquivo Pessoal / Sérgio Kakimoto


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