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Após participação intensa no movimento que impediu a volta do estuprador condenado em primeira instância Robinho ao Santos Futebol Clube, ao menos quatro comunicadores tiveram seus números pessoais vazados e foram ameaçados por torcedores santistas. Carlos Cereto, Rodrigo Capelo e Ana Thaís Matos, jornalistas da Globo e Marília Ruiz, da Band e do UOL, foram as vítimas dos ataques.
– A indefensável defesa de Robinho de volta ao Santos após condenação por estupro; relembre o caso
Ana Thais, Marília Ruiz, Carlos Cereto e Rodrigo Capelo: jornalistas sofrem ameaças de morte em meios digitais após se posicionarem contra a volta de Robinho ao Santos
Nenhum deles sequer assinou alguma das importantes reportagens que mostraram o conteúdo dos diálogos de Robinho com amigos que incriminam o atacante. A revelação dessas gravações confirmam ausência de consentimento na relação e foram decisivas para a transformação da opinião pública. Os jornalistas supracitados apenas utilizaram seus espaços nos blogs, na televisão e no Twitter para se manifestar contra a volta do atacante.
As conversas de Robinho com outros envolvidos no caso galvanizaram a opinião pública e pressionaram os patrocinadores a se afastar do clube. Após a Orthobom rescindir o contrato, Philco, Umbro, Brahma, Kodilar, Kicaldo, Tekbond, Foxlux, Casa de Apostas e Oceano B2B pressionaram o Santos para o contrato ser suspenso. Na sexta-feira, o time anunciou rescisão amigável com o atacante.
Foi graças ao jornalismo da Globo – que teve acesso às conversas do caso – e graças à manifestação de opinião desses comunicadores que algo foi feito. E justamente por isso, os quatro denunciaram que receberam ameaças de morte e ataques em massa através de meios digitais:
Desde a noite de ontem, bloqueei 600 números de celular e apaguei cerca de 3.000 mensagens com xingamentos e ameaças. Também aconteceu com @mariliaruiz, @anathaismatos e @carloscereto por causa do caso Robinho. Às milícias digitais, meu lamento. Continuaremos a fazer jornalismo.
— Rodrigo Capelo (@rodrigocapelo) October 17, 2020
Recebi ameaças de morte por causa da opinião contra a contração de Robinho. Enquanto eu estiver vivo, nenhum tipo de intimidação ou ameaça irá impedir que eu manifeste minha opinião. Jornalismo e democracia acima de tudo!
— Carlos Cereto (@carloscereto) October 17, 2020
Que nenhuma mulher seja ameaçada, coagida, desautorizada diante aos fatos que nos causam violências diversas e diárias.
Não podemos exigir desconstrução de todas, pois cada uma tem um entendimento de mundo.
Mas saibam q as guerras q enfrentamos é por todas nós sempre!
— Ana Thaís (@anathaismatos) October 16, 2020
Marília Ruiz não se manifestou pelo Twitter. Ela utilizou o seu blog no UOL para avisar que registrou queixa criminal contra os ataques que recebeu em mensageiros privados. “Registrei queixa contra todos aqueles que me ameaçaram, intimidaram e ultrapassaram os limites da lei.Sugiro o mesmo para todas as vítimas de ataques virtuais e não virtuais.Aproveito e dou o serviço: aqui em São Paulo procurem a DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) chefiada pela delegada Daniela Branco – subordinada a DHPP (Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa), dirigida pelo delegado Fábio Pinheiro Lopes”, escreveu a jornalista.
Em supostos áudios vazados do atleta Robinho, ele toma a narrativa de que a Rede Globo está conspirando contra ele. Ele se comparar ao Presidente Jair Bolsonaro, coloca que a Globo é uma “emissora do demônio”, colocando o jornalismo como seu principal inimigo. Ao invés de se defender sobre as acusações ou explicar o que fez, Robinho – que é condenado por estupro em primeira instância na Justiça Italiana – prefere atacar o mensageiro.
O jogador se compara ao atual Presidente da República e se vitimiza, como um alvo da mídia, mas é condenado por estupro em primeira instância pela Justiça Italiana
“A gente sabe como a TV Globo é uma emissora do demônio. É só você ver as novelas, as programações. Então eu estou em paz. Deus vai dar a vitória. Que se cumpra o propósito de Deus na minha vida. Meter gol neles, ‘tamo junto’. Vou meter uma camisa quando fizer gol: ‘Globo lixo, Bolsonaro tem razão’”, afirmou Robinho, condenado por estupro em primeira instância na Itália, em áudios vazados.
No fim das contas, fica claro que a postura política adotada por Robinho e a criação de uma narrativa anti-jornalística executada pelo jogador colabora para os ataques sofridos pelos comunicadores da Globo e transforma algo que não deveria ser político em uma narrativa de polarização, como se houvesse motivos para defender a contratação de Robinho, jogador condenado por estupro em primeira instância na Itália.
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