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Escritora mineira nascida em Belo Horizonte, Cidinha da Silva, de 53 anos, será lida por milhões de estudantes e professores de escolas públicas de educação básica de todo o Brasil. A autora da ficção literária “Os nove pentes d’África” — publicada pela Mazza Edições, em 2009 — teve o livro incluído no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que distribui gratuitamente obras didáticas, literárias e pedagógicas a instituições de ensino público fundamental do país.
Operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação, o PNLD atende alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Para receber os livros oferecidos pelo programa, os dirigentes das redes de ensino público básico de cada localidade precisam manifestar interesse e encomendar os materiais oferecidos.
Assim, desde setembro deste ano, o livro de Cidinha — que vem acompanhado de um guia sobre como deve ser utilizado em sala de aula — pode ser requisitado diretamente ao programa do governo federal por diretores e professores da rede pública de ensino.
– A bibliotecária que criou uma livraria especializada em escritoras negras
Cidinha da Silva teve o livro ‘Os nove pentes d’África’ incluído no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) / Foto: Lis Pedreira
Com 17 livros publicados, Maria Aparecida da Silva (seu nome de batismo) é graduada em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, além de escritora, presidiu o Geledés – Instituto da Mulher Negra e foi gestora de cultura na Fundação Cultural Palmares.
Premiada pela Biblioteca Nacional em 2019 com o livro de contos “Um Exu em Nova York” (Editora Pallas), Cidinha explica que a negociação com corporações maiores demanda tempo. “Os processos de negociação com editoras bem estabelecidas no mercado e com muito poder de fogo são longos, delicados e detalhados”, diz, em entrevista ao “UOL ECOA“.
“Elas [grandes editoras] são espertas e inteligentes, estão atentas ao mercado [editorial] e às suas flutuações e já compreenderam que existe um público ávido por consumir as histórias que criamos [escritores que representam minorias sociais], público de gente nossa e público de fora dos nossos grupos”, continua a escritora.
Cidinha escreve histórias fictícias que abordam temas como amor pelas raízes afro-brasileiras, ancestralidade negra, autoestima, autoconhecimento, feminismo, antirracismo e africanidades, além de apresentar informações históricas naturalmente por meio das narrativas.
Dona de obras traduzidas para alemão, espanhol, francês, inglês, catalão e italiano, Cidinha denuncia, ainda ao “UOL ECOA”, o racismo do mercado editorial, mas também da sociedade como um todo. “Os brancos sempre sabem quem é negro e serão cruéis ao dizê-lo aos tontos que quiserem fugir de sua negritude, farão isso todas as vezes que julgarem estratégico e necessário. […] Estarão prontos para subalternizar a negritude de acordo com os interesses do momento.”
Capas dos livros ‘Os nove pentes d’África’ e ‘Um Exu em Nova York’, de Cidinha da Silva / Fotos: Divulgação
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