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Se a fotografia era um processo demorado e complexo, que exigia que as imagens fossem registradas em um filme e enviadas a um laboratório para serem reveladas dias depois, foi pelas mãos do cientista e inventor estadunidense Edwin H. Land que as fotos se tornaram acessíveis e praticamente automáticas pela primeira vez. Décadas antes do advento da fotografia digital, em 1948, Land lançou no mercado sua mais célebre invenção: a câmera instantânea Polaroid – que revolucionaria o mundo das fotos e se tornaria mania cultivada até hoje. Tudo começou, porém, com Land ainda em sua infância – como um menino fascinado pela luz.
Edwin H. Land nos anos 1970 com sua mais célebre e amada invenção
Mais do que somente a luz, Land era fascinado pela polarização, ou o estudo das ondas eletromagnéticas enquanto fenômeno físico – a polarização seria sua pesquisa de vida, e o levaria à Polaroid. Por duas vezes o jovem inventor ingressou na Universidade de Harvard, mas o desejo de colocar a mão na massa o fez abandonar os estudos e seguir com as pesquisas por conta própria. Desde o início dos anos 1930 que ele vinha trabalhando em polarizadores, e após a guerra, depois de diversos outros inventos, Land começou a trabalhar na criação de um filme instantâneo.
Land mostrando o negativo e o positivo de uma foto instantânea
A inspiração veio de sua filha, que em 1943, após posar para um retrato, perguntou o motivo pelo qual ela não podia ver a foto imediatamente. O processo exigiria um novo tipo de câmera e filme, capazes de comprimir a sala escura de revelação dentro de uma unidade. Depois de muitos experimentos mantidos em segredo entre 1943 e 1946, finalmente em 1947, a primeira Polaroid foi capaz de fotografar e revelar uma imagem em apenas 60 segundos pela primeira vez. No ano seguinte, a Model 95, modelo da primeira câmera Polaroid comercializada, enfim foi posta à venda: o sucesso foi tão instantâneo quanto as fotos que tirava.
A Model 95, primeira Polaroid comercializada, em 1948
Em 1950 a primeira versão colorida da Polaroid chegou ao mercado, e a qualidade era tamanha que o New York Times chegou a dizer, em 1957, que a qualidade das fotos instantâneas era “igual em tonalidade e brilho a algumas das melhores impressões feitas em salas escuras”. O sucesso da Polaroid tomou o mundo, e em 1978 a empresa empregava 21 mil pessoas, e chegou, nos 1980 e 1990, a faturamentos na casa dos bilhões de dólares.
O avanço tecnológico e o disputadíssimo mercado fotográfico tinham, no entanto, um duro encontro marcado com a empresa criada por Land – que faleceu em 1991 sem ver o declínio de sua empresa: nesse ano a Polaroid ainda lucrou 3 bilhões de dólares.
O quartel-general da Polaroid, em Cambridge, nos EUA, em 2001 – ano em que a empresa declarou falência
Sem antecipar o mercado de câmeras digitais e se preparar para tal revolução – além de uma série de processos enfrentados e lançamentos sem sucesso – em 2001 a empresa entrou com uma declaração de falência. Na década seguinte o espólio da empresa seria vendido a um investidor polonês, e em 2019 os produtos Polaroid, incluindo câmeras e filmes, voltariam à venda.
A Polaroid Now, lançada no mercado em 2020 © divulgação
Apesar das curvas e tropeços administrativos, e das mudanças no cenário mundial que levaram a Polaroid à falência, o charme e o impacto da invenção de Edwin Land jamais se apagarem nem por um segundo: o mundo ainda é como sempre foi apaixonado pelas fotos instantâneas da mesma forma que o menino Land amava a luz.
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