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Também conhecido como Anthony Bottom, o ex-Pantera Negra Jalil Muntaqim, de 68 anos, sairá da prisão após mais de 49 anos em custódia ininterrupta. Preso e condenado pelos assassinatos de dois policiais no bairro do Harlem, em Nova York, no ano de 1971, ele será libertado da penitenciária de segurança máxima de Sullivan, no interior do estado norte-americano, até o dia 20 de outubro deste ano.
A aprovação do decreto por um conselho de liberdade condicional de Nova York veio depois que Jalil participou de uma audiência, realizada no início de setembro, em que se avaliou a possibilidade da libertação do preso. Segundo informações do “Portal Geledés“, o ex-Pantera Negra se tornou elegível para a liberdade condicional desde 1998, mas só foi considerado apto este ano.
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Conforme conta a reportagem em vídeo do “Guardian“, publicada em 2018, Jalil Muntaqim foi considerado culpado pelas mortes de Joseph Piagentini e Waverly Jones. Os dois policiais foram emboscados por integrantes do Black Liberation Army (ou Exército de Libertação Negra) — braço armado do partido dos Panteras Negras — ao responderem ao que acreditaram ser uma chamada de violência doméstica.
Quase 50 anos depois da sentença, dois comissários de liberdade condicional consideraram a expressão de remorso de Jalil como genuína. Contudo, assim como outros radicais negros encarcerados por décadas nos Estados Unidos, o caso do ativista foi afetado pelo racismo institucional do judiciário norte-americano.
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“É importante que as pessoas entendam que nós [ele e os outros integrantes da Black Liberation Army] nunca recebemos um julgamento justo”, diz Jalil em entrevista ao “Guardian”. “Deixe-me deixar um ponto em específico bem claro: desde 2002, na minha primeira audiência de liberdade condicional, eu demonstrei remorso pela perda de vidas neste caso.”
“Fazer parte do partido dos Panteras Negras dá um senso de pertencimento, de masculinidade, de causa”, continua. “Mas a ideia de homens negros armados e prontos para lutar pelos direitos da população negra era emocionante. Era intrigante.”
“Então, ao olharmos para o que estava acontecendo naquele momento, nós acreditávamos, em maioria, que estávamos engajados em uma revolução no país”, finaliza.
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Ainda de acordo com o “Portal Geledés”, a libertação de Jalil foi duramente contestada pelo sindicato da polícia de Nova York (PBA) e pela viúva de um dos policiais assassinados, Diane Piagentini. “Estamos com o coração partido ao ver outro assassino de Joe libertado pela política. Mas, mais do que qualquer outra coisa, estamos com raiva”, diz ela em comunicado.
Os dois corréus de Jalil pelas mortes dos policiais no Harlem receberam, cada um, sentenças de 25 anos de prisão perpétua. Albert “Nuh” Washington morreu preso em 2000 e Herman Bell recebeu a concessão da liberdade condicional em abril de 2018.
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