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Famoso por foto em janela de hospital, filho rouba o corpo da mãe para se despedir

14 • 10 • 2020 às 12:40
Atualizada em 14 • 10 • 2020 às 13:26
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Esta imagem, do palestino Jihad Al-Suwaiti, viralizou no meio deste ano. Ele ficou conhecido por escalar a parede externa do hospital em que sua mãe estava internada por conta da covid-19, uma maneira de estar perto dela já que as visitas não eram permitidas

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Em julho, Rasmiye Al-Suwaiti, a mãe de Jihad, não resistiu à doença e morreu aos 73 anos. Agora, seu filho voltou a se tornar assunto por ter roubado o corpo da mãe para lhe dar o enterro que ela desejava. As informações são da americana NBC News.

Ele teve ajuda de seus irmãos, sobrinhos e primos ao invadir o hospital, roubar o corpo e cumprir o desejo de enterro da mãe, mesmo sendo ilegal. Tudo isso porque, segundo o hospital, Rasmiye não poderia ter um enterro tradicional por causa do vírus que contaminou seu corpo, que não poderia ser entregue à família. 

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À NBC News, o palestino contou que irmãos, sobrinhos e amigos chegaram ao hospital em sete carros diferentes para distrair e confundir os motoristas das ambulâncias. Jihad e sua família foram perseguidos pelos agentes de saúde após o roubo do corpo da mãe, mas o plano deu certo. 

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As ambulâncias não conseguiram identificar em qual carro estava Rasmiye. A informação confirmada pelo diretor da instituição, Tarek Al-Barbarawi. O corpo da senhora foi levado para Beit Awwa, no sul da Palestina.

Segundo a tradição muçulmana, os mortos devem ser enterrados numa mortalha (pano, tecido para envolver cadáveres) branca. No entanto, por causa da pandemia da Covid-19, novos decretos foram criados para lidar com os mortos pelo novo coronavírus e os enterros muçulmanos foram modificados para tentar preservar a saúde dos vivos. Ao invés da mortalha, foi determinado que as vítimas fatais fossem embrulhadas em plásticos.

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Foto: Reprodução / Twitter


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