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Em 1951, o ciclista Gustaf Håkansson (1885 – 1987) tentou se inscrever para uma corrida de resistência que atravessava praticamente toda a Suécia, em um percurso de aproximadamente 1,6 mil km. Contudo, aos 66 anos de idade, o sueco teve a participação negada pelos organizadores da competição sob a alegação de não ter a força nem o vigor necessários para cumprir o trajeto. Mas isso não o impediu de vencer a disputa.
Segundo reportagem do “Guardian“, Gustaf não aceitou o “não” como resposta e percorreu cerca de 965 km para sair da linha de partida no mesmo dia em que os outros competidores. Ao lado de sua bicicleta roadster enferrujada, mas também equipada com paralamas e farol — item que viria a ser muito útil mais adiante —, o ciclista chegou com o número “zero” estampado em um babador na altura do peito e seguiu rumo à vitória.
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Os organizadores da corrida inicialmente rejeitaram Gustaf por ser ‘muito velho para competir’
Após cinco dias e cinco horas, os espectadores da corrida aguardavam o vencedor ao final do percurso, mas não esperavam que um homem de barba branca com mais de seis décadas de vida fosse ser o grande campeão. Em meio aos aplausos, Gustaf cruzou a linha de chegada com um pneu furado e um dia inteiro de vantagem sobre o próximo competidor.
Para atingir o feito, o sueco negligenciou uma das regras que os atletas oficialmente inscritos foram obrigados a cumprir. Gustaf Håkansson não dormiu.
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Como parte dos regulamentos da corrida, os competidores deveriam se encontrar e parar em um posto de controle ao final do dia para recarregar as energias e reiniciar a jornada na manhã seguinte. Em vez disso, Gustaf levou uma hora para descansar antes de partir novamente no meio da noite.
O tempo permitiu que ele recuperasse os cerca de 25 km que tinha de desvantagem para deixar, depois de pouco mais de 482 km, uma distância de aproximadamente 32 km entre ele e o restante dos ciclistas.
Gustaf Håkansson morreu aos 102 anos na Suécia
Depois de três dias e apenas cinco horas de sono, Gustaf liderava a disputa por mais de 193 km e era o centro das atenções nacionais. A certa altura, a polícia tentou persuadi-lo a parar para um exame médico, mas ele apenas riu e continuou pedalando.
A apenas 800 metros da linha de chegada, o “vovô de aço” — como Gustaf ficou conhecido nos vilarejos por onde passou — parou de repente: um dos pneus da bicicleta havia furado.
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Incansável, Gustaf desmontou da bike e se dirigiu ao marco do fim da corrida, onde, a apenas alguns metros do final, remontou para cruzar a linha de chegada às 14h15 do dia 7 de julho de 1951.
Ainda que não oficial, a vitória provou aos equivocados médicos da corrida que Gustaf Håkansson tinha mais força e vigor do que o necessário para completar a prova.
O “vovô de aço” continuou a andar de bicicleta até 1987, quando morreu aos 102 anos.
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