Inspiração

Morre Marlene, precursora do basquete feminino do Brasil e capitã da seleção em 60 e 70

27 • 10 • 2020 às 18:05
Atualizada em 28 • 10 • 2020 às 19:09
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Quando você pensa em basquete campeão no Brasil, você pensa em basquete feminino. Antes de Magic Paula e Hortência, muitas mulheres tiveram que entrar nas quadras para que o esporte brasileiro pudesse caminhar. Uma delas foi Marlene José Bento. Capitã da Seleção Brasileira que ganhou o bronze no Mundial de Basquete de 1971 e heroína do Botafogo. No dia de hoje, ela faleceu, aos 82 anos.

Em uma época onde as mulheres eram proibidas de praticar diversos esportes, Marlene capitaneou o foi buscando brechas para se tornar um dos maiores nomes do esporte feminino entre as décadas de 1950 e 1970. Apesar de praticar o vôlei, foi no garrafão que encontrou sua paixão.

– Esta equipe de basquete feminino da década de 1920 é apenas maravilhosa

Marlene era a camisa 13 da seleção e foi a primeira técnica de Hortência no basquete

Seu momento de maior brilho no esporte foi durante o capitaneio da histórica seleção de 1971, que levou o bronze no mundial. O Brasil sediava o evento, mas era pouco favorito para ganhar a medalha. Em um histórico jogo contra o Japão, decidido pelas mãos de Heleninha, as mulheres do Brasil levantaram a medalha que abriu caminhos para que, em 1996, Hortência e Magic Paula recebessem a prata olímpica.

– A estrela do basquete que deixou o esporte para libertar um homem inocente

“Mulher de garra, que ajudou a abrir as portas do esporte para toda uma geração. Em quadra, Marlene conquistou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955, a prata em 1959 e 1963 e o ouro em 1967 e 1971. Com a seleção, foi bronze no Mundial de 1971, em São Paulo. Nosso abraço fraterno em seus familiares e agradecimento mais uma vez por tudo que fez pelo nosso basquete. Descanse em paz, nossa capitã“, destacou a Confederação Brasileira de Basquete, em comunicado oficial.

– Fotos reforçam afeto que construiu relação entre Kobe Bryant e a filha Gigi

Confira um vídeo do histórico Brasil e Japão em 1971. Fun fact: a cantora Simone, de ‘Então é Natal’, era reserva dessa Seleção:

 

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Fotos: Reprodução/Datafogo e Painel do Basquete Feminino


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