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A cada ano a natureza oferece evidências mais gritantes – e cada vez mais trágicas – que comprovam o impacto da ação humana sobre o meio-ambiente. O mais novo desses verdadeiros pedidos de socorro veio diretamente do Oceano Ártico – mais precisamente das geleiras de lá: se todo mês de setembro a cobertura congelada do Ártico reduz a uma menor dimensão, em 2020 essa redução foi a segunda mais intensa dos últimos 42 anos. O gelo atualmente cobre somente 50% da área então coberta há 40 anos. Tal qual se explica por outro, ainda mais evidente: os níveis de CO2 medidos na atmosfera são os mais altos em 3 milhões de anos, e os mais elevados em toda a história da humanidade – com isso, a temperatura no Ártico é também a mais alta de todo esse período.
Baleias nadando ao redor do degelo no Ártico
Atualmente a atmosfera registra o CO2 em 412 partes por milhão – equivalente aos índices da época do Plioceno, último do antigo período Terciário da era Cenozoica, há 2 a 5 mihões de anos, quando a camada de gelo da Groelândia, por exemplo, simplesmente não existia por conta da alta temperatura do Ártico. Nessa época, o único ponto de gelo do Planeta era a Antártida – e o nível dos mares era de 9 a 15 metros mais elevado, com as costas invadindo o que hoje é terra firme de forma tão considerável que cidades como Nova York, Miami, Los Angeles, Houston e Seattle estariam, em tais condições, debaixo d’água. Os seres humanos ainda levariam mais de milhão de anos para aparecer – mas será que o futuro que nos aguarda será como o passado da época Pliocênica?
O aquecimento do planeta atualmente corre mais rápido que nos últimos 65 milhões de anos e, nesse ritmo, a estimativa dos cientistas é de que em pouco mais de duas décadas o Ártico passe a atravessar os verões sem nenhuma camada de gelo. Se o impacto será exatamente como há 5 milhões de anos ainda não é possível garantir, mas consequência já apontadas seguramente seguirão se agravando – com impacto severo sobre cidades costeiras, produções agrícolas, fornecimento de água e mais. O planeta já está reclamando, e demonstrando a dimensão do impacto que a poluente ação humana provoca em sua saúde: e não há separação entre a saúde da Terra e a saúde da humanidade.
Essa matéria foi baseada em um artigo publicado sob licença Creative Commons no site The Conversation por Julie Brigham-Grette, professora de geociência na Universidade de Massachusetts Amherst, e Steve Petsch, professor associado de geociência na mesma instituição
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