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Relatório sobre queda do helicóptero que matou Boechat aponta falhas de manutenção

30 • 10 • 2020 às 10:58 Redação Hypeness
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Divulgado nesta quinta-feira (29), um relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) aponta uma série de falhas de manutenção como o motivo da queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat, 66 anos, em 11 de fevereiro de 2019. No acidente, também o morreu o piloto da aeronave Ronaldo Quattrucci, 56 anos.

O helicóptero caiu na rodovia Anhanguera, em São Paulo, colidiu com um caminhão que passava pela via e explodiu na sequência. De acordo com a Cenipa, as atitudes do piloto, que também era dono do veículo aéreo, contribuíram para a tragédia. O relatório aponta que Quattrucci não verificou o funcionamento dos instrumentos de bordo antes da decolagem e tomou decisões erradas durante o voo.

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O piloto Ronaldo Quatrucci e a empresa não tinham autorização para realizar serviços de táxi aéreo, que é tipificado como o transporte de passageiros de forma remunerada. O relatório aponta, em especial, falhas no compressor da aeronave, que não teve nenhuma atualização ou troca completa desde 1988.

O equipamento, segundo o Cenipa, estava com peças vencidas no momento do acidente. O tubo de distribuição de óleo da aeronave também ‘”estava com o calendário de troca excedido várias vezes”, diz o documento.

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A investigação entendeu que “houve ineficiência, por parte do operador (o piloto), quanto da organização de manutenção, no acompanhamento e na execução dos processos de manutenção” do helicóptero.

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O jornalista Ricardo Boechat era apresentador do “Jornal da Band” e da rádio BandNews FM, além de colunista da revista IstoÉ. Ele também trabalhou nos jornais O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil e foi comentarista no “Bom Dia Brasil”, da TV Globo.

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Foto: Reprodução / Rede Bandeirantes


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