Debate

Atriz pornô grava próprios vídeos, se afirma feminista e diz que ‘mulher é livre’

25 • 11 • 2020 às 17:00
Atualizada em 25 • 11 • 2020 às 17:14
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Emme White é uma voz dissidente dentro do mundo da pornografia. Em um depoimento para o Universa, do UOL, a atriz refletiu sobre sua trajetória em uma indústria tão polêmica e conhecida pelo machismo. A atriz aproveitou para dar detalhes de como enxerga sua produção – longe das produtoras dominadas por homens – como arma para o feminismo.

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Emme White acredita em um pornô feminista e quer subverter a lógica da indústria

White é um dos principais nomes da pornografia do Brasil e teve como ponto de virada sua gravidez. Depois ter uma filha, adotou um novo caminho longe da produtora Brasileirinhas e resolveu iniciar a trajetória gravando e produzindo os próprios vídeos. Ela apostou na independência e pensa suas próprias cenas, de que forma vai atuar com outras atrizes ou por meio do exercício de camgirl.

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Agora, Emme White usa a própria voz para criticar a indústria pornô. “Os filmes adultos tradicionais ainda carregam resquícios dessa coisa machista de o ponto principal ser o gozo do homem. Na hora do sexo oral, tem muito mais a satisfação do homem do que o contrário, as posições são as que agradam os homens, o foco é o prazer masculino”, afirma em texto escrito no Universa.

Nesse ano, milhões de pessoas lutaram junto de Mia Khalifa em uma dura batalha contra produtoras de pornografia. Um dos nomes mais reconhecidos de todo o mundo pornô, a atriz libanesa utilizou sua voz para denunciar os abusos econômicos e psicológicos deste universo.

Emme reconhece o problema, mas prefere utilizar seu espaço como uma forma de ganhar dinheiro (e começou tarde, aos 33 anos) e expressar sua sexualidade, mas também como uma oportunidade parar criar um pornô subversivo, que inverte as lógicas patriarcais da indústria.

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“Meu trabalho me dá prazer, dinheiro, gosto muito do que faço. É possível uma mulher escolher esse caminho porque quis, porque gosta, porque acha que é bem remunerada por isso. Se quiser ser dona de casa, tudo bem também. Me considero feminista porque acredito que feminismo também é isso: deixar a mulher livre para fazer o que quiser fazer”, conclui

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