Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Trabalhar temas históricos por meio de memes é só um dos objetivos da página “História no Paint“, criada pelo estudante Leandro Marin, de 24 anos, que cursa Licenciatura em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Fundado em 2016 depois do contato de Leandro com aulas online didáticas e mais informais que as tradicionais, o projeto soma, hoje, mais de 320 mil seguidores no Twitter, mais de 250 mil no Instagram e coleciona mais de 750 mil curtidas no Facebook.
– ‘Funkeiros Cults’ une literatura a referências musicais e linguísticas da periferia
Com memes sobre História do Brasil e do mundo utilizados por professores em salas de aula desde o ensino fundamental até o doutorado, o conteúdo dos perfis do “História no Paint” nas redes sociais consegue dialogar com diferentes níveis de conhecimento por meio de linguagens simples e descontraídas.
A História No Paint apareceu em um capítulo de um LIVRO fruto de uma pesquisa sobre educação que fala sobre o uso de memes nas salas de aula
O livro foi escrito por pesquisadores e doutores de várias faculdades e institutos públicos: URCA, UFPB, UECE, UERN, UNICAP, FJN, IFCE pic.twitter.com/6qX9ZFMggK
— História No Paint (@HistoriaNoPaint) May 20, 2020
Nascido em Duque de Caxias e morador de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Leandro conta, em entrevista ao Hypeness, que foi durante aulas de pré-vestibular com estruturas mais flexíveis que ele passou a ter ainda mais interesse pelas disciplinas.
“Os professores eram muito bons e explicavam a matéria de um jeito que eu nunca imaginei que fosse possível”, explica o estudante. “Isso me fez ter uma grande aproximação com os estudos.”
Revolta da Vacina pic.twitter.com/6Rd5DZrwoz
— História No Paint (@HistoriaNoPaint) June 27, 2019
Segundo ele, a ideia para o projeto nas redes sociais surgiu antes mesmo da faculdade. “Como os professores estavam sempre fazendo piadas com as matérias, eu comecei a fazer também, só que com memes. Eu mandava nos chats/grupos do cursinho e os alunos morriam de rir, os professores também”, diz.
São vários [propósitos do projeto]. [Um deles é] mostrar para adolescentes e crianças que a História não é algo chato, pelo contrário; está cheia de acontecimentos que mais parecem memes.
“Eu comecei a mandar pra amigos, e eles sempre me diziam que era pra eu criar alguma coisa pra postar essas criações”, continua Leandro, que utilizava o software de edição Paint para fazer as primeiras montagens da página sobre História.
“Tudo começou como zoeira e, de pouco em pouco, foi se transformado em algo que eu nunca imaginei”, conta o rapaz.
“Quando eu percebi, a página estava com 200.000 seguidores e com professores do Brasil inteiro me mandando fotos usando os memes em slides, provas, [e alunos usando como] objeto de TCC, mestrado, doutorado.”
Memes do ‘História no Paint’ durante aula (à esquerda) e em um livro didático (à direita) / Fotos: Acervo pessoal
Para Leandro, a História pode ser divertida, e os memes podem ser uma boa porta de entrada para o aprendizado. De acordo com ele, o “História no Paint” tem uma diversos propósitos aliados à educação e os memes são apenas uma das frentes.
“São vários [propósitos do projeto]. [Um deles é] mostrar para os adolescentes e crianças que a História não é algo chato, pelo contrário; está cheia de acontecimentos que mais parecem memes, e, em especifico, mostrar que a História do Brasil é muito divertida também”, diz o estudante.
Estadunidense escolhendo entre republicanos e democratas: pic.twitter.com/BYj2WtJ8oy
— História No Paint (@HistoriaNoPaint) November 6, 2020
Por outro lado, Leandro também se esforça para chamar atenção com seriedade ao abordar temas mais sensíveis. “Além de mostrar que a História é divertida, também [procuro] mostrar que ela é trágica: [ao falar sobre] massacre de índios, escravidão, etc”, explica.
“Além disso, meu propósito é estimular a Academia a ter uma linguagem mais informal com a sociedade civil”, continua ele. “Para você conseguir se comunicar com as pessoas na internet, é preciso entender sua própria linguagem.”
Não podemos mais deixar esses espaços sem serem ocupados, pois, se eles estiverem vazios, alguém vai ocupar dizendo coisas absurdas como: ‘nazismo é um movimento de esquerda’.
O “História no Paint” conquista grande parte dos seguidores através dos memes, mas também consegue abordar temas acadêmicos em formatos diferentes, como resenhas de documentários e de livros.
Para realizar o trabalho, Leandro conta com a ajuda da namorada Patrícia Vougo, que é estudante de Jornalismo e cuida da avaliação do conteúdo das redes sociais, repercussão, fechamento de parcerias e elaboração de projetos com empresas.
Não só presente no Twitter (@HistoriaNoPaint), Instagram (@historianopaintoficial) e Facebook (História no Paint), o projeto também se desenrolou em um podcast chamado “História No Cast“. O mais ouvido sobre o assunto no Brasil, o programa em áudo é realizado com o apoio pedagógico de Igor Ribeiro, Idevarte Aredes e Diego Neves, todos amigos de Leandro.
1° Não, pessoal, as pessoas não se recusaram a serem vacinadas em 1904 porque eram "burras" ou "ignorantes". Na realidade, o contexto é muito mais complexo que isso.
Aqui vai uma visão sobre a Revolta da Vacina que provavelmente você nunca viu: pic.twitter.com/wG81pRHd56
— História No Paint (@HistoriaNoPaint) September 1, 2020
Publicidade
A crise do coronavírus é uma realidade, que deve apresentar solidariedade, não egoísmo. Desde as relações de...
Tem 55 polegadas, mas uma espessura menor que a do seu smartphone – 4,3 mm. Se o que você procura é uma forma...
Em nosso país, expressões religiosas podem ser exercidas livremente em templos, na presença de fieis, porém não...
Qualquer estudante universitário passa por isso. Para obter o tão suado diploma, seja na graduação, mestrado ou...
A tendência de se construir edifícios inusitados em formas inesperadas na China transformou o mais novo arranha-céu...
A tecnologia mudou o mundo, graças a muitas invenções que ajudam a combater doenças, a tornar o ambiente mais limpo...
Queira você ou não, o Natal já é uma realidade. Ruas decoradas, prédios piscando com luzes coloridas. É o...
Independente das opiniões sobre o produto, se tem uma coisa que é impossível negar, é que a Coca-Cola se mantém...
Se toda foto é essencialmente uma impressão que utiliza a luz como tinta, para o artista californiano Darren Pearson...