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Meghan Markle revela aborto espontâneo em depoimento emocionante: ‘Perda e dor’

25 • 11 • 2020 às 11:43
Atualizada em 25 • 11 • 2020 às 12:11
Karol Gomes
Karol Gomes   Redatora Karol Gomes é jornalista e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual. Há cinco anos, escreve sobre e para mulheres com um recorte racial, tendo passado por veículos como MdeMulher, Modefica, Finanças Femininas e Think Olga. Hoje, dirige o projeto jornalístico Entreviste um Negro e a agência Mandê, apoiando veículos de comunicação e empresas que querem se comunicar de maneira inclusiva.

Meghan Markle, duquesa de Sussex e esposa do príncipe Harry desde 2018, escreveu um artigo comovente para o jornal The New York Times, publicado nesta quarta-feira (25), revelando a dor da perda de um filho. A norte-americana de 39 anos deu detalhes sobre um aborto espontâneo que sofreu em julho.

No texto intitulado “The losses we share” (As perdas que compartilhamos) ela conta que, em uma manhã de julho, depois de trocar a fralda do seu filho Archie de apenas um ano, sentiu fortes cólicas, caiu no chão com a criança no colo e ficou cantando uma música de ninar para tentar acalmar os dois.  “Eu sabia, enquanto segurava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo”, escreveu Meghan, definindo-se, ao assinar a publicação, como “mãe, feminista e defensora”.

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Meghan critica tabu do aborto 

Meghan escreve ainda que, horas depois, estava deitada em uma cama de hospital, segurando e beijando a mão de seu marido, molhada com as lágrimas dos dois. “Me perguntava como nós dois nos recuperaríamos”, diz. E conta ainda que ela Harry descobriram que, de cada cem mulheres, de 10 a 20 terão sofrido um aborto.

“Apesar de isso ser surpreendentemente comum, a conversa continua sendo um tabu”, critica a duqeusa de Sussex. Meghan ressalta também que a perda de um filho carrega uma mágoa quase insuportável, vivida por muitos, mas falada por poucos. Segundo a duquesa, quando algumas pessoas compartilharam suas histórias de forma corajosa, isso dá permissão para que outras façam o mesmo.

Segundo dados da UNA-SUS (Universidade Aberta do Sistema de Saúde Único), os principais fatores de risco para um aborto espontâneo são idade (pode chegar a 40% aos 40 anos e 80% aos 45 anos), antecedente de aborto espontâneo, tabagismo (tanto materno como paterno), consumo de álcool e drogas, uso de anti-inflamatórios não hormonais e pesos extremos (índice de massa corporal menor do que 18 ou maior do que 25). O causador do aborto espontâneo da duquesa não foi revelado.

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Meghan: luta contra racismo e preconceito de tabolides 

Meghan Markle ganhou destaque por humanizar a família real. Isso, no entanto, não foi suficiente para a duquesa de Sussesx ser aceita. Ao menos entre os tabolides britânicos, que abusaram de manchetes racistas e críticas ao fato de Markle ser uma mulher divorciada. Resultado, Harry chocou o mundo ao anunciar que o casal se mudaria para os Estados Unidos e se afastaria da família real britânica.

“Depois de muitos meses de reflexão e discussões internas, nós decidimos fazer uma transição neste ano, começando a desempenhar um novo papel progressivo dentro desta instituição”, escreveu o casal em comunicado de alguns meses atrás.

Sobre o filho, Archie, Meghan e Harry afirmaram que a vida nos Estados Unidos proporciona um “equilíbrio geográfico nos permitirá criar nosso filho com apreço pela tradição real na qual ele nasceu, mas também dará à nossa família o espaço necessário para nos concentrarmos em nossos próximos passos, incluindo o lançamento de uma nova entidade beneficente”.

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