Diversidade

Nova Zelândia: Jacinda Ardern faz história com 1ª ministra indígena e mulher

05 • 11 • 2020 às 17:39
Atualizada em 06 • 11 • 2020 às 18:07
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Na última segunda-feira (2/11), Nanaia Mahuta foi nomeada como ministra das Relações Exteriores da Nova Zelândia, a primeira indígena mulher a assumir o cargo no país. Representante da etnia Maori, ela também se tornou a primeira mulher no parlamento do país a usar um moko kauae — uma tatuagem tradicional no queixo — e sucede o também maori ex-ministro das Relações Exteriores neozelandês, Winston Peters.

De acordo com informações da CNN, Mahuta foi eleita para o parlamento pela primeira vez em 1996 e já ocupou várias pastas, incluindo o ministério do governo local e do desenvolvimento Maori.

Membra de um dos parlamentos com mais diversidade no mundo, Mahuta assumiu o cargo pouco depois da reeleição do Partido Trabalhista de centro-esquerda da primeira-ministra Jacinda Ardern, que venceu com uma vitória esmagadora em outubro, ganhando por mais de 49% dos votos.

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Jacinda Ardern e Nanaia Mahuta juntas em julho de 2020

Segundo Rukuwai Tipene-Allen, uma jornalista política da Māori Television que também usa um moko kauae, a nomeação de Mahuta foi extremamente significativa. “O primeiro rosto que as pessoas veem em nível internacional é alguém que fala, parece e soa como um Maori”, diz. “A face da Nova Zelândia é indígena.”

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Ainda segundo a CNN, as tatuagens maori são extremamente simbólicas e contêm informações sobre os ancestrais, sobre a história e sobre o status da pessoa que as têm na pele. Os registros são feitos, inclusive, de acordo com protocolos sagrados.

“Isso mostra que nossa cultura tem um lugar em nível internacional, que as pessoas veem a importância dos Maori e o ponto de diferença que ser Maori traz para tal função”, acrescenta Tipene-Allen. “Usar as marcas de seus ancestrais mostra às pessoas que não há limites para Māori e para onde elas podem ir.”

Nanaia Mahuta exibe a tatuagem moko kauae no queixo, símbolo tradicional dos Maori

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