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O nome pode causar confusão, mas o “culto de Beyoncé” não segue uma liturgia de adoração à cantora americana. Nem se trata de uma nova religião. A ideia de criar um rito inspirado pela obra de Queen B. surgiu de estudos conduzidos pela pastora Yolanda Norton, no Seminário Teológico de San Francisco, nos EUA. Em abril de 2018, 900 pessoas se reuniram na Grace Cathedral, localizada na mesma cidade, para a primeira edição de um culto cristão baseado na arte da cantora negra mais relevante do século XXI. No último mês, a liturgia chegou à cidade de Nova York.
Beyoncé se apresenta no festival de Coachella, em 2018.
“Isso não foi um processo imediato. Tudo começou com conversas sobre o que nós queríamos dizer sobre a criação de mulheres negras à imagem de Deus, o que nós queríamos dizer sobre como as mulheres negras prestam culto e o que saiu dessas reuniões foi algo que incorpora a identidade da mulher no mundo”, explicou Yolanda, em um vídeo publicado no canal do seminário no YouTube.
“Falando sobre a Beyoncé nos cultos, nós percebemos todos esses aspectos das mulheres negras. A forma como a gente tem que amadurecer prematuramente, a forma como a gente tem a nossa própria atitude, como nós nos preocupamos pelas pessoas… Tudo isso surge quando nós falamos sobre a Beyoncé nas aulas e em como nós projetamos esse culto”, explicou.
O culto segue a liturgia tradicional de um rito cristão da igreja reformada: há música, leitura da Bíblia, um momento de pregação pastoral e também a santa ceia. Porém, todos os momentos usam da base artística de Beyoncé para empoderar principalmente mulheres negras. “No culto, queremos mostrar para as jovens negras: você faz parte do que Deus tinha em mente quando disse, durante a criação: ‘Isso é bom’”, disse Yolanda, de acordo com informações do “New York Times”.
“Ao tornar as histórias e as realidades das jovens negras e meninas componentes centrais da arte litúrgica, estamos afirmando suas realidades em um mundo obstinado em tentar rejeitá-las”, contou. Esta semana, o rito teve sua estreia em duas igrejas presbiterianas na Big Apple, a First Presbyterian Church of Brooklyn e a St. James Presbyterian.
Yolanda, que se diz parte da BeyHive (como é conhecida a base de fãs da cantora), explica que a ideia não é adorar Beyoncé. No lugar disso, que poderia ser considerado uma heresia dentro do que se prega nas igrejas evangélicas, o culto usa a história e as músicas de Mrs. Carter para “reformular as narrativas e lutas das mulheres negras através das lentes dos Evangelhos Cristãos e sua mensagem de radical hospitalidade e inclusão.”
Cantora se apresentou grávida no Grammy de 2017.
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