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De acordo com um estudo publicado na revista “Epidemiologia e Serviços de Saúde”, 40% dos casos suspeitos de intoxicação por agrotóxicos notificados no Rio Grande do Sul acontecem de forma acidental, enquanto 59% ocorrem dentro das casas dos trabalhadores. As análises tomaram como base 3.122 casos registrados entre 2011 e 2018.
Segundo matéria publicada no site do “Projeto Colabora“, pesquisadoras da Escola de Saúde Pública e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, em Porto Alegre, foram as responsáveis pelo estudo, o qual também apontou que seis em cada dez casos notificados de intoxicação por agrotóxicos estão relacionados à produção agrícola do estado.
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“Esse dado levanta as hipóteses da existência de problemas no armazenamento e de descumprimento da distância mínima recomendada entre a lavoura e a casa”, diz a sanitarista da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, Amanda Brito de Freitas, autora do estudo ao lado da sanitarista Vanda Garibotti.
“Além disso, no ambiente domiciliar, se utilizam também inseticidas, raticidas e produtos destinados ao tratamento de piolhos e outros parasitas, aumentando ainda mais o risco de intoxicação”, completa a pesquisadora, em entrevista ao “#Colabora”.
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Com 40% dos casos notificados, a contaminação acidental lidera o ranking dos motivos de intoxicação, com o dobro dos casos registrados por contaminação por uso habitual (20%). A quantidade também supera o uso ambiental e a tentativa de suicídio.
Alguns dos fatores de risco associados a esses acidentes são o armazenamento em local de fácil acesso, o manejo inadequado das substâncias (incluindo a reutilização de embalagens) e a falta de equipamento de proteção individual (EPI).
No que diz respeito às tentativas de suicídio, é preocupante que essa motivação represente a segunda maior causa de intoxicação por agrotóxico no Rio Grande do Sul, dentro do período estudado.
“Evidências científicas associam a exposição aos inseticidas, especialmente os organofosforados, com sintomas de ansiedade e depressão”, ressaltam Amanda Freitas e Vanda Garitbotti no estudo.
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Perigosas, as intoxicações por agrotóxico apresentam difícil diagnóstico, que se baseia, na maioria das vezes, nas condições dos sinais e dos sintomas clínicos apresentados, como alertam as pesquisadoras.
“Há uma enorme limitação para a confirmação do diagnóstico de intoxicação por agrotóxicos mediante exames laboratoriais, os quais ajudariam a prescrever um tratamento mais específico. Não existem biomarcadores disponíveis para as principais substâncias utilizadas na agricultura”, afirma o estudo.
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