Arte

As cores e uma parte da história população negra dos EUA nas pinturas de Jonathan Green  

08 • 12 • 2020 às 17:24
Atualizada em 29 • 12 • 2020 às 08:59
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Um dos mais importantes pintores estadunidenses, a obra de Jonathan Green é marcada pelo uso de cores vibrantes para retratar uma das mais dolorosas realidades de seu país: a cultura descendente das pessoas trazidas escravizadas da África para os EUA. Conhecida como Gullah, tal cultura está diretamente ligada às populações negras do sul do país, principalmente a partir do século XIX, como um dos mais fortes traços culturais de toda a população – e Green, em paradoxo, oferece cor e alegria para registrar a força e a vitalidade de tal triste história.

Sob a influência de artistas como Diego Rivera e Pablo Picasso, Green transforma a realidade ao seu redor e suas próprias observações em uma narrativa profunda e quase mitológica, que revela as mais complexas – trágicas e ao mesmo tempo vibrantes – características da dura história da população negra nos EUA. Com pinturas nos principais museus do país e exposições em todo o mundo, Green é hoje um pintor único e celebrado no cenário artístico estadunidense.

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© artes: Jonathan Green


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