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Motivados a pesquisar substâncias capazes de eliminar agrotóxicos de alimentos, pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram potencial em bactérias presentes na superfície de folhas de laranja. De acordo com o estudo, os microrganismos presentes no vegetal produzem enzimas que biodegradam dois dos pesticidas mais utilizados na agricultura do Brasil.
Objeto da pesquisa, as bactérias do gênero Bacillus se mostraram eficazes para biodegradar a Bifentrina e o Fipronil. Como elas permaneciam “vivas” na superfície das folhas mesmo após a aplicação dos produtos químicos, a hipótese dos cientistas é de que elas pudessem eliminar os agrotóxicos.
– Flores no lugar de agrotóxicos podem ser alternativa sustentável para plantações
Segundo o “Jornal da USP”, os pesquisadores comprovaram a teoria por meio de testes realizados no Laboratório de Química Orgânica e Biocatálise do IQSC. Lá, eles extraíram diversas espécies de Bacillus de folhas de laranja de uma plantação de Tabatinga, em São Paulo, e colocaram em frascos com amostras de agroquímicos.
Com cinco dias de experimentos, a bactéria Bacillus amyloliquefaciens biodegradou 93% do Fipronil, enquanto a bactéria Bacillus pseudomycoides foi capaz de eliminar 88% da Bifentrina.
“Essa atividade dos microrganismos representa uma importante função ambiental de remediação desses produtos” afirma Juliana G. Viana, autora do trabalho e doutoranda do IQSC.
Juliana teve a pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Ainda segundo informações do “Jornal da USP”, tanto o Fipronil como a Bifentrina foram banidos na União Europeia, mas continuam sendo aplicados no Brasil. Ambas substâncias são utilizadas como inseticida e formicida em plantações de tomate, batata, milho, arroz, soja, feijão e outras.
Um dos efeitos mais sérios dos dois produtos químicos para a natureza se manifesta em abelhas. Os agrotóxicos são capazes de atingir o sistema nervoso das polinizadoras e levá-las à morte.
– Agrotóxicos estão danificando os cérebros de abelhas bebês
De acordo com um estudo realizado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) junto à Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (Rebipp), o trabalho polinizador das abelhas gera um valor de cerca de R$ 43 bilhões por ano para a agricultura brasileira.
As bactérias estudadas no instituto têm potencial para eliminar resquícios de agrotóxicos em plantações e, assim, evitar a contaminação de seres vivos e de recursos naturais.
“Após cumprirem seu papel de proteção aos cultivos, esses produtos precisam ter um destino final, não podem ficar no meio ambiente”, diz o professor André Luiz M. Porto, do IQSC, orientador da pesquisa de Juliana.
“Para isso, estamos trabalhando em uma alternativa sustentável, utilizando a própria natureza para preservá-la e nos proteger.”
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