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Gallileo, Gallileo! “Bohemian Rhapsody” finalmente estreou trazendo a história do Queen para salas de cinema ao redor do globo. A formação do grupo liderado por Freddie Mercury é contada durante pouco mais de duas horas de muita música e de uma atuação impressionante de Rami Malek.
Por trás das câmeras, integrantes do Queen ajudaram a construir o filme. Brian May e Roger Taylor participam do filme como produtores executivos, ao lado de ninguém menos que Robert DeNiro. Para quem já viu e quer saber um pouco mais de como a produção aconteceu, listamos algumas curiosidades sobre o filme (e, se você ainda não viu, volte aqui depois: contém spoilers!).
‘Bohemian Rhapsody’: o filme do Queen e suas curiosidades
O Brasil está muito bem representado no filme com a apresentação do Queen no Rock in Rio de 1985. O dueto de Freddie e Brian com “Love Of My Life”, cantada por 250 mil vozes, é retratado no filme e faz parte datrilha sonora. É a primeira vez que essa gravação é disponibilizada para o público sem ser em vídeos. Lembrando que o show do Queen no Rock in Rio I está disponível no YouTube, na íntegra, no canal oficial da banda. Apesar do show ter acontecido já na metade da década, no filme, ele é passado para 1981, ano em que o Queen até esteve no Brasil, mas não para o festival. A banda fez dois shows em São Paulo, no estádio do Morumbi.
“Bohemian Rhapsody” dá ao público — e especialmente aos fãs do Queen — uma experiência quase única de se sentir dentro daquele que pode ser considerado o show mais histórico da banda. O filme dedica seus últimos minutos à apresentação do Live Aid, de 1985, no estádio de Wembley, em Londres. Os movimentos de câmera e a performance de Rami te fazem acreditar, mesmo que por pequenos instantes, que aquilo tudo é real.
Acreditem se quiser: as cenas em Wembley foram gravadas no primeiro dia de filmagens. “Por algum motivo, nossos produtores acharam uma boa ideia começar com elas no primeiro dia”, contou Rami Malek em entrevista a Jimmy Fallon. “Eu achei que eles tinham um motivo para isso. Se no meio do caminho (durantes as gravações daquelas cenas) eles percebessem que nós éramos ruins, eles iriam apenas retirar os cabos de toda a produção, arrumar as coisas e ir para casa economizando US$ 60 milhões. Quando eu recebi a programação do segundo dia foi como se eu estivesse ganhando um Oscar”.
As gravações aconteceram perto de Hemel Hempstead, em Bovingdon, a cerca de 43 quilômetros de Londres, no condado de Hertfordshire. O palco do evento beneficente foi completamente recriado em um espaço aberto. A população local foi informada, antes do início das gravações, que o trânsito na cidade poderia sofrer um impacto, já que a previsão das autoridades seria de que um volume muito maior de carros e ônibus extras passariam a circular por lá.
Cerca de 800 figurantes participaram da cena e foram filmados dançando, cantando e aproveitando o show. Durante a pós-produção, o departamento de efeitos especiais replicou o público digitalmente para parecer que aquelas oito centenas de pessoas eram, na verdade, 72 mil.
“É o momento que para qual todo o filme se construiu e houve uma pressão absurda para superar as expectativas das pessoas sobre como seria”, contou o editor John Ottman, em entrevista. Os produtores do filme tiveram que comprar uma briga com a Fox para que a cena não tivesse trechos cortados (ainda bem, pois a cena é, definitivamente, o momento mais incrível de “Bohemian Rhapsody”).
Opening over the weekend the Editor & Production Designer of #FreddieMercury biopic @BoRhapMovie talks to @IBCShow about recreating the classic Live Aid concert from Wembley Stadium – with 800 extras at Bovingdon airfield near #HemelHempstead https://t.co/l7ktQzjxAH pic.twitter.com/T9eWwguyr8
— Invest in Hemel (@InvestHemel) October 30, 2018
O compilado de 22 faixas traz cinco gravações nunca antes lançadas do histórico show do Queen no Live Aid (“Bohemian Rhapsody“, “Radio Ga Ga” “Hammer To Fall“, “We Are The Champions” e “Ay-Yo”, do momento em que Freddie brinca com a plateia), no estádio de Wembley, em 1985. A performance tem grande destaque no filme.
A trilha também inclui “Doing All Right…“, música original do Smile, banda de Brian May e Roger Taylor com o vocalista Tim Staffell, que deixou o grupo. Os integrantes da banda regravaram a faixa para a produção cinematográfica.
As faixas vêm de diferentes décadas e foram gravadas em várias partes do mundo. “Fat Bottomed Girls” foi gravada em um show de 1979, em Paris, durante a turnê “Jazz”, e não havia sido lançada antes. “Now I’m Here” vem da apresentação da banda na noite de Natal, em 1975, no Hammersmith Odeon, de Londres.
Rami Malek dá um show em sua interpretação como Freddie Mercury. O ator de origem egípcia incorpora o coração do Queen de forma impressionante, mas não é a sua voz sozinha que canta os versos de Freddie e companhia. Rami gravou algumas músicas, de fato, e chegou a ir até os estúdios de Abbey Road, em Londres, para isso. Porém, o que ouvimos ao longo de mais de duas horas de filme, durante as interpretações vocais, são gravações reais do Queen (como veremos a seguir) e outros registros feitos pelo próprio Rami e pelo canadense Marc Martel, cantor de rock cristão descoberto na internet.
“É uma fusão de algumas vozes. Mas predominantemente é minha esperança e a esperança de todos que possamos ouvir tanto Freddie quanto for possível”, disse Rami em entrevista ao “Metro”.
Em um dos momentos do filme (alerta de spoiler), Freddie aparece cantando “Parabéns” ao piano durante uma confraternização na casa de seus pais. Para este tipo de cena, seria extremamente difícil para a produção conseguir adequar áudios de qualidade com a voz original de Freddie. Em cenas como essa, foram usadas as vozes de Rami e de Martel.
Cantor canadense, Martel já integrou uma banda cover do Queen, a Queen Extravaganza, originalmente formada após um concurso online que teve entre seus jurados os próprios Roger Taylor e Brian May. Vocalista da banda canadense Downhere, que nunca deu em nada, Martel recebeu de um amigo um link sobre um concurso para integrar a tal banda tributo. Em um primeiro momento, Marc quase deixou a oportunidade passar, mas acabou gravando sua versão de “Somebody To Love”. O resto é história (e milhões de visualizações no YouTube).
“Literalmente, você poderia fechar os olhos e acreditar que era o Freddie. Isso é algo bem raro de acontecer”, disse Graham King, produtor de “Bohemian Rhapsody”, em entrevista à “Rolling Stone“. O álbum da trilha sonora oficial, entretanto, traz somente registros remasterizados ou regravados com a voz de Mercury.
Logo antes de o filme começar, é possível ouvir a vinheta da 20th Century Fox de um jeito diferente, cheia de guitarras. Em vez da tradicional fanfarra, a música foi regravada pelo próprio Queen. A introdução já deixa qualquer fã arrepiado, e é ela que abre a trilha sonora oficial do filme.
O protagonista da série “Mr. Robot” não foi uma escolha óbvia para interpretar Freddie Mercury. Rami Malek foi a terceira opção dos produtores. Anteriormente, Sacha Baron Cohen (o Borat) e Ben Whishaw (conhecido pelo papel de Q nos últimos dois filmes de 007, “Skyfall” e “Spectre”) foram considerados. Sacha deixou a produção após se desentender com Brian e Roger. Já Ben foi deixado de lado depois que um dos produtores, Denis O’Sullivan, encontrou Rami. O ator conta que fez aulas de canto e de piano para interpretar Freddie, a quem ele se refere como um “deus do rock“.
Bryan Singer, que seria o diretor, também foi demitido por conta de comportamentos inadequados no set (há boatos de que ele teria inclusive atirado objetos em Rami Malek). Dexter Fletcher foi contratado para dirigir os 16 dias de filmagens que faltavam. Entretanto, apenas Singer aparece nos créditos.
Ben Hardy, que interpreta o baterista Roger Taylor no filme, não foi 100% honesto ao fazer o teste para o filme. O ator de 27 anos disse à produção de “Bohemian Rhapsody” que sabia tocar bateria quando, na verdade, ele nunca havia segurado baquetas. Como ele teria que tocar o instrumento durante o teste, passou dias ensaiando para conseguir ao menos interpretar uma música do Queen. Parece que deu certo. No fim das contas, ele aprendeu 13 músicas para o filme. E isso é tudo o que ele sabe.
Sim. Além de ser uma dos maiores guitarristas do rock, Brian May possui um phD em Astrofísica, com especialização em poeira cósmica. Brian se formou na Imperial College de Londres com graduação em Física e Matemática e iniciou seus estudos para se tornar doutor. Porém, o sucesso do Queen atrapalhou o prosseguimento da pesquisa e o guitarrista só concluiu o projeto para a consequente obtenção do título em 2001, com a tese “Um levantamento das velocidades radiais na nuvem de poeira cósmica”. A cabeça chegou a travar aqui.
No filme, Freddie conhece Jim Hutton após uma festa em sua casa. Na ficção, ele é apresentado como um garçom que estava trabalhando no evento. Na vida real, Jim contou ao “The Times“, em 2006, que ele e Freddie se conheceram em uma boate gay da capital britânica chamada Heaven, em 1985. Freddie se aproximou de Jim para oferecer-lhe um drink, recusado pelo então cabeleireiro, que já estava acompanhado. Um ano e meio depois, os caminhos de ambos se cruzaram novamente e eles ficaram juntos até a morte de Freddie, em 1991.
Hutton escreveu um livro sobre a história dos dois (“Mercury & Me”). À época, em entrevista ao programa de TV britânico “The Big Breakfast”, ele contou que colocar a história dos dois no papel foi um processo terapêutico. Hutton faleceu em decorrência de um câncer no pulmão, aos 60 anos, em 2010.
Se você piscar, vai perder a participação especial de Adam Lambert no filme. O ex-“American Idol”, que saiu em turnê com o Queen pelos últimos anos (ele esteve à frente da banda na performance no Rock in Rio, em 2015, inclusive), aparece rapidamente na cena em que Freddie liga para Mary Austin de um telefone público. Apenas fãs com olhos de lince vão perceber de primeira.
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