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Sidoka é brabo. Uma das revelações de 2018, introduzido a grande parte do público pelo seu feat. em “UFA“, faixa de “O Menino Que Queria Ser Deus” de Djonga, o mineiro debochado foi metendo mais uns lançamentos que ajudaram a apresentar seu estilo largadão, “apertando o F” total, até que fincou de vez o nome como um dos destaques do ano de 2019 com o EP “Sommelier”, contando centenas de milhares de reproduções já. Aos 19 anos, o garoto Nicolas — para os chegados — fala quem ele é no microfone: “Sidoka é tudo o que eu sinto, o que eu faço questão de expressar. Sidoka é o deboche com a ousadia”.
O garoto parece à vontade em ser um novo ídolo jovem no difícil jogo do rap e sabe o que isso representa. Ele manda:
“Represento a vontade de vencer. A autoestima. Represento pessoas assim como eu, de origem pobre, que sonham/conseguiram se livrar do caos. Eu represento o refúgio dos problemas da vida. Represento a busca do luxo quando se vem da lama, represento muita coisa…”, diz. E divaga sem dificuldade sobre a identificação crescente que os moleques têm com ele.
Conheça Sidoka, o rapper sommelier que une deboche e ousadia
“Uma grande parte de quem me acompanha, se viu mais novo em mim ou se vê atualmente. Eu canto o que vivo e o que eu quero conquistar. Talvez o jovem se veja em mim pelo fato de ver que, assim como eles, sou jovem também e fui atrás do meu”, reflete. “Pessoas se identificam comigo pelo meu jeito de ser, de debochar das coisas, ou porque nossas ambições são parecidas, nosso cotidiano é parecido. Saber que o jovem se identifica comigo é incrível”.
E qual foi o ponto de virada entre ser Nicolas, o moleque comum com uns perrengues, e conquistar seus baratos como Sidoka?
“Eu acordava cedo para estudar, saía do colégio e ia trabalhar. Saía do trabalho e ia fazer curso. Com o dinheiro do trampo, eu pagava meu curso da faculdade e pagava as contas de casa. Tive oportunidades de me envolver (com o crime), mas eu nunca quis isso para mim, porque perdi muitos amigos para o crime. Chegava em casa de madrugada e virava o dia rimando. Ia trabalhar morto no outro dia. Isso foi me cansando até que eu quis ou tudo ou nada. Me demiti do emprego e me prometi que minha vida iria mudar, mesmo sem dinheiro. Fazia uns bicos para poder pagar as contas de casa e passei muitos dias sem saber o que seria do amanhã. Hoje, eu ainda sou a fonte de renda de casa, consegui quitar dívidas que talvez fariam a Justiça nos expulsar da nossa própria casa. Limpei nosso nome e graças a Deus não precisamos mais de favores. Isso é incrível e quem me acompanhou de perto viu isso tudo acontecer. Sou muito grato, mudou muito. Tudo”, explica.
Sidoka não passa a ideia de um moleque emocionado demais com a própria fama. Sidoka diz apenas que curte ouvir sua música tocar no rolê e representar seus camaradas. Gravar clipes. Viver a vida de MC, como ele vê. Ele vê o lado ruim da coisa, porém: além da privacidade que vai embora, ele cita também “sorrisos e aperto de mão falsos, pessoas invejosas, mas acaba que você aprende a lidar com isso.”
Eu pergunto dos malditos haters, horda que vem com o sucesso. Ele sai bem no estilo Sidoka de tocar os bagulhos: “Haters? Eles falam de você para os outros. Eles espalham seu nome… Alguns até divulgam uma música sua só pra falar mal e isso é marketing. Eu não vejo problema em alguns me odiarem. Eu acho que tem que ter o equilíbrio mesmo, nem Jesus agradou todo mundo”, e sai dando risada.
O rap está mais leve com Sidoka.
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