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Depois de fazer uma ampla pesquisa e receber mais de 50 mil votos de leitores, músicos e jornalistas, a “Guitar World” publicou a lista dos 20 melhores guitarristas da década. Segundo a revista, talvez seja sua pesquisa mais importante de todos os tempos porque marca o final de uma década. Nomes já mundialmente conhecidos, outros revelados nos últimos anos e dois brasileiros estão na lista.
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Mark Tremonti: o primeiro da lista dos 20 melhores guitarristas da década segun do pesquisa da Guitar World.
Além dos leitores, foram chamados 30 pessoas ligadas à música, editores da própria Guitar World e das revistas “Guitarist”, “Total Guitar”, “Metal Hammer” e “Classic Rock” e colaboradores para participar da pesquisa.
Numa década de grandes avanços em instrumentos de seis, sete, oito e até 18 cordas vários fatores foram levados em conta, além da óbvia habilidade dos músicos. A influência na próxima geração de guitarristas, o impacto geral na cena da guitarra, seu nível de sucesso, se eles levaram o instrumento além de seus limites, sua relevância cultural e muito mais.
O resultado foi uma lista cheia de mestres de riffs, blueseiros, pop rockers melódicos, improvisadores, vanguardistas e progressivos.
O histórico de Mark Tremonti como compositor é quase incomparável na música pesada moderna — o guitarrista das bandas Alter Bridge e Creed, conhecido como “Capitão Riff”, vendeu mais de 50 milhões de discos ao longo da carreira. Em 2012 fundou sua própria banda, a Tremonti, que já lançou quatro álbuns.
O “insanamente prolífico” Tremonti toca uma guitarra PRS SE. “Eu sempre coloco composição antes da minha guitarra. Mas eu amo tocar violão. A alegria de enfrentar uma nova técnica ou estilo é algo que nunca envelhece. Quando você finalmente entende, é como um truque de mágica”, disse ele à ‘Guitar World’.
“Há tanta beleza no que eu chamaria de tocar ‘de forma fundamental’, como se tornar um melhor guitarrista de blues. Mas há outra parte de mim interessada na contribuição única que posso dar ao instrumento…”, disse certa vez Tosin Abasi à ‘Guitar World’. Desde que estreou com a Animals As Leaders, há uma década, Abasi vem dando essa contribuição única – e mais ainda.
Ele toca, varre, bate ou simplesmente tritura suas oito cordas personalizadas, criando um eletro-rock progressivo com sua banda, afirmando um espaço singular no reino das guitarras. Ele pega tudo o que se entende sobre o instrumento (ele tem uma empresa de equipamentos chamada Abasi Concepts) e o transforma em algo vertiginosamente novo. “Adoro técnicas avançadas, mas minha abordagem é usar essas técnicas em novos contextos”, explicou ele, que ensaia 15 horas por dia. “Não é como se você estivesse trancado em uma sala praticando sob obrigação. Você está preocupado com seu potencial. Você é como, Estou cheio de potencial e já comecei a desbloqueá-lo. E poderia passar o resto da minha vida fazendo isso”, falou.
Gary Clark Jr. foi revelado no Crossroads Guitar Festival de 2010 e, desde então, é aclamado como o novo rosto do blues. Mas ele não gosta muito da definição, dizendo que, quando se fala em blues, parece que “as pessoas pensam: cara velho com um canudo na boca sentado em uma varanda e colhendo”. O que definitivamente não é Clark, que tem 35 anos e já foi chamado de sucessor de Clapton, Hendrix e outras lendas.
Clark funde blues tradicionais, R&B, soul, rock, hip-hop, funk, reggae e muito mais e imprime tudo com um tipo de música incendiária e muitas vezes difusa. Já colaborou com muitos artistas, de Alicia Keys a Childish Gambino e Foo Fighters. “A guitarra é um instrumento no qual você pode fazer qualquer coisa, então por que eu ficaria em um só lugar se houver tantas opções? Acho que Van Halen é um dos melhores de todos os tempos. Eu amo Eric Johnson, Steve Vai e Django Reinhardt. Eu quero ser capaz de tocar como todos esses caras”, disse ele.
Longe de dizer que alguém pode superar Alice Cooper no próprio palco, mas a lenda do rock pode ter encontrado seu par em Nita Strauss, cuja capacidade de rasgar o braço da guitarra é comparável apenas ao seu talento – ela é o The Flash, em todos os sentidos da palavra.
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Ela é uma discípula orgulhosa de monstros como Vai e Satch e tem uma Jiva10, da Ibanez – é a primeira vez que uma guitarrista assina um modelo de guitarra. Sua estreia solo foi em 2018, com o álbum instrumental “Controlled Chaos”, tão elogiado quanto suas oficinas e workshops que faz para públicos lotados pelo mundo entre as datas das turnês. “Eu amo guitarra do jeito que algumas pessoas adoram bolos de aniversário ou carros velozes. E se eu posso passar esse entusiasmo nesse mundo das guitarras que às vezes parece cansado, isso me deixa muito feliz”, contou ela.
Por três décadas, John Petrucci, membro fundador do Dream Theater, tem sido “o guitarrista mais célebre e popular do mundo do metal progressivo”, nas palavras do editor da GW Jimmy Brown. E ele não mostrou sinais de desistir do “posto” na última década. Ele ainda é indiscutivelmente o músico mais versátil e proficiente em sua área, com um senso melódico altamente desenvolvido e uma técnica que é praticamente intocável em termos de velocidade e precisão.
E continua sendo um pioneiro em equipamentos, desenvolvendo novos amplificadores, captadores, pedais e outros acessórios e atualizando constantemente sua guitarra Ernie Ball Music Man, que foi recentemente citada na “Forbes” como o modelo de assinatura mais vendido, atrás só da Les Paul.
“Meu combustível vem de um lugar muito humilde, onde se está apenas tentando fazer coisas que fazem sentido para você. Eu sou apenas um estudante de guitarra. Ainda há esse sentimento de admiração, e é isso que me mantém sempre em busca de novas coisas“, disse, humildemente, Petrucci.
Se Joe Bonamassa não tivesse feito nada na última década, além de ter sido o responsável por manter o blues vivo no século XXI – aliás, ele tem um cruzeiro chamado “Keeping The Blues Alive At Sea” que terá sua sétima edição em fevereiro – seria o suficiente para ele estar nessa lista.
Mas além do talento de fundir a tradição do blues com uma exuberância sem limites e um milhão de notas o mais rápido possível, há também sua colaboração com a Fender para produzir novos amplificadores e guitarras. “Ele é imensamente popular e tem um novo equipamento de assinatura a cada 3,6666667 horas”, brincou o editor-chefe da Guitar World, Damian Fanelli.
Conhecido pelos ávidos leitores da Guitar World como “Professor Shred”, Govan é um dos músicos mais impressionantes e versáteis da cena atual, com uma técnica ridiculamente rápida e fluida que ziguezagueia perfeitamente entre o prog-rock, jazz-fusion, blues, jam, slide, funk e excursões bizarras a praticamente todos os outros estilos conhecidos pelo homem.
E ele faz tudo – seja com seu trio instrumental Aristocrats, como artista solo ou convidado ou mesmo enquanto conduz uma de suas masterclasses – com um domínio técnico incomparável e um capricho idiossincrático. Um talento único e em grande parte inigualável.
A banda Polyphia une a habilidade devastadora da guitarra, a boa aparência de uma boy band e uma arrogância divertida. É música pop formada por bateria, baixo e duas guitarras. Mas ame-os ou odeie-os, você não pode negar que os meninos de Dallas têm talento.
Os guitarristas Tim Henson e Scott LePage usam suas seis cordas Ibanez THBB10 e SLM10, respectivamente, para fundir uma técnica incrível com eletrônico, funk e hip-hop, desfazendo a ideia pré-concebida do que seria a guitarra rock no século XXI.
Nos últimos anos, Mateus Asato se tornou um dos jovens guitarristas mais comentados da cena — o que é muito significativo, já que o prodígio brasileiro nascido em Los Angeles ainda não lançou oficialmente um álbum.
Ele é, no entanto, um mestre das mídias sociais, com um número de seguidores no Instagram que faz dele uma espécie de Kim Kardashian da guitarra instrumental. Em seus vídeos curtos, exibe sua técnica deslumbrante em uma variedade de estilos, do funk ao fingerpicking. Ele também faz turnês por conta própria e como músico da banda de Tori Kelly, e até tem sua própria guitarra Suhr.
Há dez anos, John Mayer parecia confortavelmente acomodado no território da música pop. Mas o cantor, compositor e guitarrista passou boa parte da década passada reafirmando o talento nas seis cordas, tanto em seus próprios discos quanto, com mais frequência, como líder da banda Dead & Company, onde talvez seja o melhor Jerry Garcia desde o próprio Jerry (o vocalista do Grateful Dead, morto em 1995).
Ele é também uma presença importante no mundo dos equipamentos, reforçada pelo uso de sua guitarra Silver Sky, criada pela PRS em 2018.
Jason Richardson, 27 anos, é representante de uma nova geração de músicos que se sentem tão confortáveis em sete e oito cordas quanto em seis. São respeitados por seus vídeos do YouTube tanto quanto por suas músicas gravadas e, por terem crescido em um mundo de streaming, não estão vinculados a nenhum gênero.
O que faz Richardson se destacar entre os colegas é que, ele apenas faz tudo um pouco melhor. O artista solo e o guitarrista do All That Remains toca músicas incrivelmente técnicas, de forma rápida e com uma precisão e limpeza.
O melhor de tudo, disse Paul Riario, editor de tecnologia da GW, “ele é realmente musical quando toca em velocidades vertiginosas. Para quem curte guitarra instrumental, ele é o cara em quem se inspirar”.
Como St. Vincent, Annie Clark evoca alguns dos sons mais extremos da música moderna de uma guitarra – mesmo que, na metade do tempo, seja difícil dizer se o que estamos ouvindo é uma guitarra. Nas mãos de Clark, o instrumento geme, ruge, rosna, assobia, guincha e ronca. Sua guitarra de formato incomum tem design exclusivo da Ernie Ball Music Man.
Embora o pop e a vanguarda pareçam ser estilos com propósitos diferentes, Clark parece liderar o caminho para o futuro de ambos. “Acho que estamos abertos à arte no momento. As coisas estão numa boa fase para os músicos também”, opinou ela.
Esse é metal por completo: se chama Synyster Gates e toca uma guitarra Schecter Synyster de aparência um tanto maligna. Mas, ao mesmo tempo em que quebra tudo no Avenged Sevenfold, Gates tem um conhecimento aparentemente enciclopédico de estilos de jazz e fusion.
Sem medo de ultrapassar os limites de seu estilo – ele definiu “The Stage”, o último álbum da banda, como um “Star Wars” metaleiro anabolizado – ele prometeu que, um dia, gravará um álbum solo de jazz.
O álbum mais recente do Megadeth, “Dystopia”, foi, do ponto de vista da guitarra, o seu melhor e mais emocionante esforço em pelo menos uma década ou talvez duas. E isso se deve em grande parte à participação trituradora do brasileiro Kiko Loureiro, que trouxe uma abordagem energizada e totalmente única — fraseados precisos, incrivelmente rápidos e fluidos, com escalas exóticas e notas expressivas – ao lendário som da banda thrash.
Adepto de tocar com cordas de nylon, Kiko se interessa por jazz, bossa nova, samba e outros estilos musicais, tendo feito esse tipo de coisa por décadas com o Angra e em seus quatro álbuns solo. Mas foi preciso se juntar a Dave Mustaine e companhia em 2015 para que o mundo das guitarras se levantasse e observasse seu trabalho. “É o tipo de coisa que faz os guitarristas chorarem”, elogiou Mustaine.
Misha Mansoor é uma figura tão marcante na cena que é difícil acreditar que o álbum de estreia de sua banda Periphery tenha sido lançado apenas há uma década. Desde então, o guitarrista, compositor, produtor, programador, colecionador e empresário (toca em guitarras Jackson exclusivas e tem sua própria empresa, a Horizon Devices) tem desempenhado um papel importante na formação do som do metal progressivo moderno.
Se você ouvir uma banda tocando alternadamente thrashy, glitchy e poppy e fazendo isso em guitarras de sete e oito cordas, é provável que elas tenham pescado dicas e se inspirado em algum disco do Periphery.
Trey Anastasio chamou recentemente Derek Trucks de “o melhor guitarrista do mundo atual”, e muitas pessoas provavelmente concordam. Ele é um intérprete e improvisador inigualável, e seu impressionante uso de slides, cheio de tonalidades exóticas, é diferente de tudo. Tem uma raiz no blues e rock de Elmore James e Duane Allman misturada ao jazz, soul, música latina, clássicos indianos e outros estilos.
Enquanto Trucks toca profissionalmente há um quarto de século (mesmo que ele tenha apenas 40 anos), seu trabalho na última década se destacou, quando encerrou sua fase ao lado da Allman Brothers e lançou a estilosa Tedeschi Trucks Band com sua mulher, cantora Susan Tedeschi.
Joe Satriani tem sido uma presença tão consistente e constante no mundo do rock nos últimos 35 anos que era presença garantida na lista. Sua produção ao longo da última década foi extraordinária e empolgante, destacando-se o 15º álbum, lançado em 2015, “Shocknave Supernova”, de torcer o cérebro, e o pesado “What Happens Next”, de 2018.
Há também as turnês Experience Hendrix, G3 e G4 Experience, bem como a variedade de equipamentos com sua assinatura, que continua avançando em novas direções. “Estou surpreso com o brilho da nova geração de guitarristas em todo o mundo. Mesmo assim, ainda vou forçar meus limites todos os dias!”, garantiu o veterano.
Nos últimos anos, EricGales, que passou por uma série de dificuldades profissionais e pessoais, retornou de forma triunfal. Artistas como Dave Navarro, Joe Bonamassa (que tem um álbum com Gales em andamento) e Mark Tremonti já usaram frases como “o melhor guitarrista do blues rock” para descrever o músico de 44 anos.
As músicas de Gales no palco e em gravações como o recente álbum de 11 faixas “The Bookends” confirmam isso. Uma mistura de blues, rock, soul, R&B, hip hop e funk juntos em um estilo apaixonado, incendiário e incrivelmente cru. “Quando estou tocando, é uma vasta emoção de tudo – das merdas pelas quais passei e que superei”, disse Gales.
Trey Anastasio tem uma carreira sólida há décadas, mas desde que a banda Phish foi criada há cerca de 10 anos, ela cresceu consideravelmente.
Anastasio apresenta alguns dos improvisos de guitarra mais criativos, elásticos e que frequentemente ultrapassam limites de sua longa carreira. Isso no trabalho com a Phish, com sua própria Trey Anastasio Band, com a recente Ghosts of the Forest ou solo.”Os melhores músicos tocam o tempo todo, porque desaparecem muito rápido”, preveniu Anastasio.
Mesmo que Steve Vai tenha lançado apenas um álbum de estúdio oficial na década passada, ele ainda é uma presença dominante no cenário da guitarra.
Além de suas performances absurdas ao vivo, tem as aulas da Vai Academy, a biblioteca digital onde todas as guitarras que ele já tocou estão catalogadas – incluindo uma variedade imensa da marca Ibanez – um livro de teoria musical chamado “Vaideology”, e sua participação na incrível turnê Generation Axe. Graças a Vai, foi possível para os meros mortais testemunhar Steve, Yngwie, Nuno, Zakk e Tosin tocarem juntos.
“Estou falando sério sobre o que faço. Mas acredite, eu amo me divertir, exceto que faço isso de maneira um pouco diferente da maioria das pessoas“, disse ele à Guitar World.
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