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Mesmo com vários problemas de saúde, Sebastião Rodrigues Maia insistiu em subir no palco do Teatro Municipal de Niterói para fazer sua apresentação no dia 8 de março. A banda começou a tocar o hit “Não Quero Dinheiro”, ele veio em direção ao microfone e cantou duas vezes a primeira frase da canção: “Vou pedir…”, disse, passando mal. Ergueu o braço, despediu-se do público e saiu do palco. Dali foi internado e passou uma semana hospitalizado no Hospital Universitário Antonio Pedro, até que no dia 15 de março de 1998, Tim Maia morreu, aos 55 anos.
A estreia foi um sucesso e Tim passou a gravar um disco por ano, sempre com seu nome, aos poucos pesando à medida em que a soul music norte-americana começava a virar funk. Seu sucesso trouxe a reboque a fama de excessos, sempre bebendo, cheirando e fumando sem parar. Tim Maia era um trator humano, sempre desafiando jornalistas e peitando técnicos de som a partir do palco. A figura rotunda e bem humorada, que transformava todas as confusões em que havia se metido em histórias hilariantes, ajudava a consolidar a fama de Tim Maia como uma das personalidades mais marcantes da música brasileira.
No meio dos anos 1970, largou tudo e entrou de cabeça na seita Cultura Racional, lançando dois discos clássicos — Tim Maia Racional Volumes 1 e 2 (em 1975 e 1976, respectivamente) — pelo seu próprio selo, a gravadora Seroma (nome tirado das primeiras sílabas de seu nome completo). Os discos fracassaram em vendas e tornariam-se cultuados e celebrados duas décadas depois, mas durante seu tempo obrigaram Tim a voltar para a rotina da indústria fonográfica, onde gravou mais dois discos com seu próprio nome antes de abraçar a disco music, com o clássico “Tim Maia Disco Club”, de 1978.
Atravessou os anos 1980 com sua banda Vitória Régia requentando os clássicos da década anterior e cultuando sua personalidade contagiante, dando entrevistas históricas e largando shows pela metade, isso quando aparecia. Retomou sua gravadora nos anos 1990, agora com o nome de sua banda (Vitória Régia Discos) e foi eternizado por Jorge Ben em “W/Brasil” como “o síndico”. A fama de mau e a presença de espírito nunca abalaram a carreira do cantor e compositor, uma das vozes mais fortes de nossa música e autor de clássicos de nosso cancioneiro. Que homem!
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