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Rapper carioca, BK’ fala de autoestima e de transformação dentro do hip-hop

23 • 12 • 2020 às 12:47
Atualizada em 06 • 01 • 2021 às 09:30
Bárbara Martins
Bárbara Martins   Repórter Criada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é jornalista, fotógrafa e videomaker. Envolvida pela cultura, história e arte de subúrbios e periferias, dedicou pouco mais de dois anos à cobertura de pautas relacionadas à música como redatora do site Reverb, antigo parceiro do Rock in Rio. Em formação pela UFRJ, também tem experiência com produção de conteúdo para redes sociais, assessoria de imprensa e gravação de sessions e entrevistas.

Abebe Bikila não anda descalço, mas deixa pegadas capazes de guiar os que ainda virão. Aos 30 anos, BK’ — como é conhecido o rapper de Jacarépaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro — comunica pelas letras e flows: os gigantes chegaram. Em constante diálogo com o R&B e com o trap do Brasil, o artista foi atração do Espaço Favela do Rock in Rio 2019, no line-up de 29 de setembro, e representou a nova escola do rap nacional no segundo domingo de festival. Aclamado pelos álbuns “Castelos & Ruínas” (2016) e “Gigantes” (2018), ele conta, em entrevista ao Reverb, o que mudou do trabalho de estreia para o mais recente — seja na arte, seja na vida.

Aprendiz de Jay-Z, BK’ se inspira desde o início no estilo das rimas do rapper norte-americano, e hoje expande ainda mais o repertório de referências. “O rap é um universo enorme, sacoé? A galera fica boom bap e trap, mas, mano, existe muita coisa dentro do universo do rap, várias estéticas”, diz. Em “Gigantes”, último trabalho de estúdio do carioca, a prevalência de instrumentais captados ao vivo junto à mistura de diferentes sonoridades musicais — como o soul-funk de “Deus do Furdunço” — se tornaram marca registrada da trajetória pós-“Castelos & Ruínas” (álbum mais introspectivo, com beats mais “sombrios”) de Abebe Bikila.

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O rap realmente salvou a minha vida. Então, eu quero passar isso que aconteceu comigo para outras pessoas. Se eu não estivesse fazendo rap, estivesse fazendo qualquer outra coisa, eu ia querer ser bem-sucedido porque o hip-hop me passou isso.

Como defensor do rap como ferramenta de fortalecimento de autoestima, BK’ não deixa de mostrar a importância e o impacto da música na própria vida. “Se eu não estivesse fazendo rap, se eu estivesse fazendo qualquer outra coisa, eu ia querer ser bem-sucedido porque o hip-hop me passou isso”, conta. “É o que eu sempre falo: a cultura hip-hop fez por mim o que, eu tenho certeza, nada ia conseguir fazer”.

ASSISTA À ENTREVISTA COMPLETA DE BK’:

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Fotos de destaque: Getty Images


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