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Todos os anos, no mês de junho, é comemorado em todo o mundo o Orgulho LGBT. Em 2019, porém, a celebração será ainda mais especial por conta dos 50 anos das Rebeliões de Stonewall, que deram início ao movimento. O Orgulho LGBT não fica apenas nas pautas políticas, mas se expande por todas as formas de arte, incluindo a música. Como o Reverb é a favor da diversidade, homenageamos a comunidade LGBT reunindo 50 canções que falam de amor, luta e, claro, orgulho.
– Diretor de arte colore fotos antigas em preto e branco de casais LGBT
Canções nacionais e internacionais, antigas e atuais se misturam em uma lista recheada com Cher, Gloria Gaynor, Lady Gaga, Madonna, Queen, Liniker, Troye Sivan, MC Rebecca e muito mais. Conheça nossa playlist e uma breve explicação sobre cada faixa.
Uma das divas favoritas da comunidade LGBT há décadas, Cher nunca deixou de defender a diversidade. Mãe de Chaz Bono, um homem transexual, ela não se cala perante as injustiças. Por isso, seu maior sucesso, Believe, acabou se tornando uma canção quase onipresente nas festas e boates LGBT do mundo todo.
As notas do piano no início da música de Gloria Gaynor são inconfundíveis. A letra, que fala sobre superação de uma desilusão amorosa, fez a canção se tornar um hit muito querido entre gays desde os anos 1970. E, claro, em 1994, o filme “Priscilla, a Rainha do Deserto” a trazia em sua trilha sonora, garantindo seu lugar eterno no panteão de músicas favoritas para celebrar o Orgulho LGBT.
O Village People foi criado para subverter símbolos de masculinidade comuns na cultura americana: motociclistas, militares, operários, policiais, índios e cowboys. Seu segundo álbum, “Macho Man”, trazia a música que se tornou um dos maiores sucessos do grupo e um hit muito querido entre gays.
Mais uma de Gloria Gaynor, “I am What I am” fala sobre aceitação e orgulho de ser quem se é, sem pedir desculpas. Esta canção, inclusive, foi escolhida pelo cantor Cauby Peixoto para, pela primeira vez, em 53 anos de carreira, declarar sua homossexualidade, em um show na extinta boate Le Boy, no Rio de Janeiro.
A comunidade LGBT ama a Lady Gaga, e o sentimento é mútuo. A vencedora do Oscar tem a diversidade como uma das bandeiras que guiam sua carreira. “Born This Way”, um de seus maiores sucessos, fala sobre autoaceitação e sobre declarar ao mundo que não há nenhum problema em ser você, independente de quem você ama ou do gênero com o qual você se identifica.
Mesmo sem nunca ter falado abertamente sobre sua sexualidade, Freddie Mercury ousava e constantemente desafiava os estereótipos de gênero. No clipe de “I Want to Break Free”, ele aparece com seu famoso bigode acompanhado de uma peruca e vestido enquanto cantava uma canção sobre se libertar.
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar. Esse dueto de dois dos maiores nomes da nova MPB fala abertamente sobre o amor homossexual e, em seu clipe, mostra os atores Mauricio Destri e Jesuíta Barbosa como um casal de gays surdos que passam por uma situação de violência. O clipe é de 2017 e vale a pena ser revisto sempre.
Lançada em 2017, a canção “Filhos do Arco-Íris” foi feita para a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Com uma letra incrível, participam da faixa Alice Caymmi, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Di Ferrero, Fafá de Belém, Gloria Groove, Kell Smith, Luiza Possi, Pabllo Vittar, Paulo Miklos, Preta Gil e Sandy.
Interpretada por Ney Matogrosso, a canção do paraibano Antônio Barros se tornou um grande sucesso em 1981. Sátira aos estereótipos de masculinidade, a faixa aliada à dança, ao figurino e à performance de um homem gay é, até hoje, um dos grandes sucessos da banda paulista.
O rapper Macklamone é hétero, mas aliado do movimento LGBT. Na letra deste rap, ele fala sobre como foi ensinado sobre as “regras” do que era ser um homem hétero e como se desconstruiu.
“Coming out” é uma expressão utilizada em inglês para “Sair do armário”. Na época do lançamento da música, Diana Ross já aceitava de bom grado o título de ídolo da comunidade gay, que usava a música como uma bandeira da autoaceitação.
Mesmo antes de ter sua homossexualidade exposta, em 1998, George Michael já era muito querido pela comunidade LGBT. Seu hit de 1990, “Freedom 90”, falava sobre liberdade, que sempre foi uma das principais bandeiras ligadas à diversidade.
O vocalista da Legião Urbana se assumiu homossexual em 1990, mas no álbum “As Quatro Estações” (1989) uma das músicas dizia: “Acho que gosto de São Paulo e gosto de São João/ Gosto de São Francisco e São Sebastião/ E eu gosto de meninos e meninas”. Pode não ter sido a verdade do cantor, mas pode ser um jeito sutil de se assumir bissexual.
Raquel Virgínia e Assucena Assucena, duas mulheres trans, são as vozes da banda que nasceu na Universidade de São Paulo, em 2011. Em “Uma Canção Pra Você (Jaqueta Amarela)”, toda a potência das duas é explorada e elas deixam bem claro: “Sou teu sim! Não teu não!”.
Assumidamente bissexual, Demi Lovato escolheu a Parada do Orgulho LGBT de Los Angeles para gravar o clipe de “Really Don’t Care”. O vídeo traz muito arco-íris, muito amor e muita alegria, como a comunidade LGBT merece!
O vocalista Andy Bell foi um dos primeiros artistas a se declarar abertamente gay. Em seus shows, antes de cantar “A Little Respect”, ele costumava contar uma história. Quando criança, ele vivia perguntando para a mãe se, quando crescesse, poderia ser gay. A mãe respondia que sim, “desde que ele mostrasse um pouco de respeito”.
Sucesso do funk 150 BPM, MC Rebecca é abertamente bissexual e, além do empoderamento feminino, a questão LGBT também permeia seus hits. Em “Revezamento”, a funkeira brinca com o duplo sentido da palavra tanto em relação a revezar entre pessoas, quanto entre os sexos.
Bruxona da Tijuca, Letícia Novaes é defensora dos direitos LGBT em todas as suas personas musicais. Em “Que Estrago”, a letra se dirige a uma garota que balançou as estruturas do eu lírico (também lido como uma mulher). Não à toa, a música se tornou meio que um hino lésbico, assim como o clipe de “Ninguém Perguntou Por Você”.
O dueto entre Elton John e George Michael em uma música romântica foi lançado em 1974. A canção, sobre um relacionamento em crise, acabou servindo de trilha sonora para muitos casais apaixonados e está presente em toda lista de músicas essenciais para LGBTs.
“Qualquer maneira de amor vale a pena” é um mantra que deveria ser repetido todos os dias, por todas as pessoas. A canção de Milton teve a letra composta por Caetano e é sobre um namoro que terminou, mas mais parece um ode ao amor (independente de qual seja).
A letra de “Avesso” fala sobre dois homens apaixonados e tendo uma relação secreta em uma sociedade homofóbica e violenta. Em versos como “a idade média é aqui”, a canção faz muita gente que ainda não consegue se declarar LGBT publicamente se sentir representada.
Aos 65 anos, Lulu Santos assumiu publicamente o namoro com Clebson Teixeira e recebeu milhares de respostas positivas dos fãs. Desde então, sua música “Toda Forma de Amor”, já tida como canção-tema comum de relações amorosas, passou a fazer ainda mais sentido.
Parte da trilha sonora do musical “Ópera do Malandro”, a canção conta a história da travesti Geni, que salva sua cidade de um enorme zepelim que ameaçava destruí-la. Mesmo com seu ato de heroísmo, a personagem continua sendo rejeitada e excluída por todos. A canção fala muito sobre a violência sofrida diariamente pelas pessoas trans, em especial as que trabalham com prostituição.
Mulher trans em constante processo de reinvenção, Linn da Quebrada fez do funk uma extensão de si mesma. Em todo o seu trabalho e vida, a desconstrução de estereótipos é marca oficial da cantora paulista. “Bixa Preta” é a representação do amor por quem se é mesmo na contramão de todos os padrões normativos.
À primeira vista, a letra de uma das faixas mais famosas da banda paulista pode parecer apenas satírica. Mas, se você reparar bem, “Robocop Gay” defende uma mudança no pensamento homofóbico de grande parte da sociedade. Nos trechos “Abra sua mente / Gay também é gente” e “Você pode ser gótico / Ser punk ou skinhead” é possível perceber essa defesa da diversidade.
“Proud” é “orgulho” em inglês. A música de Heather Small, ainda que, inicialmente, utilizada para motivar pessoas a fazerem exercícios e atletas a se superarem, acabou sendo muito querida por LGBTs. Ela fez parte da trilha sonora da série “Queer as Folk” e também foi tema do personagem Felix em “Amor à Vida”.
A dupla estadunidense é composta por Ian Axel e Chad King, que é abertamente homossexual. Em uma de suas canções, a bem humorada “Everyone is Gay”, eles falam sobre liberdade, fluidez e aceitação.
Uma das mais belas composições de Cazuza, “Codinome Beija-Flor” fala sobre o amor entre dois homens. Há quem diga que canção foi composta para o também cantor Ney Matogrosso, com quem Cazuza teve um relacionamento.
A canção “Beautiful” foi lançada em 2002, numa época em que o debate sobre LGBTs estava apenas começando a chegar na sociedade como um todo. Falando sobre a beleza existir em todos nós, independente do que possam dizer, o vídeo mostra um homem se caracterizando como drag queen e também um casal de dois rapazes se beijando, em uma atitude bastante corajosa para um clipe da época.
Um dos maiores hits da Madonna, “Vogue”, faz uma homenagem a elemento muito conhecido das festas LGBT, especialmente nos anos 80. O voguing é um estilo alternativo de dança que tenta representar nos passos as poses feitas por modelos em ensaios de moda.
Representante do famoso “B” de LGBT, Preta Gil e a rainha Gal Costa — que é bem reservada sobre a própria sexualidade — mostram na interpretação em parceria onde está o verdadeiro erro de quem tem problemas com a sexualidade alheia: na pessoa com problemas em relação à sexualidade alheia.
Rapper conhecido por dialogar constantemente com o funk em seu repertório, Rico é gay, negro e traz com naturalidade e afeto esses temas para suas composições. Em “Braille”, ele conta sobre uma relação homossexual e inter-racial ao mesmo tempo, com toda a complexidade típica de romances contemporâneos.
Revelação pop da geração Z, Troye escreveu “Heaven” sobre as dificuldades e pensamentos de quem está prestes a se assumir LGBT. Apesar de ter se sentido a vida inteira como uma espécie de pecador por ser quem é, ele conclui: “Então, se for para perder um pedaço de mim/ Talvez eu não queira o céu” (em tradução livre).
Muito bem humorada, a canção de Tom Goss faz um desafio àqueles que só veem beleza nos padrões construídos pela sociedade e faz um ode aos ursos – gays mais gordo, com pelos no corpo e, geralmente, mais velhos. O clipe também traz ursos de várias etnias, tamanhos e idades ao som contagiante do norte-americano.
Banda declaradamente a favor da luta por direitos da população LGBT, a 1975 costuma levantar questões e observações sobre a sociedade contemporânea em suas letras. Em “Loving Someone”, o eu lírico se pergunta por que ao invés da venda de sexo e de padrões, não é ensinado o real valor das pessoas e a possibilidade de elas amarem quem quiserem.
Syd, a vocalista de uma das bandas indie-R&B mais hypadas do momento, consegue fazer o amor entre mulheres parecer ainda mais bonito do que já é. “Girl” é uma declaração de entrega de uma menina para outra menina: “Eu posso te dar a vida que você merece, apenas diga a palavra” (em tradução livre).
Pabllo Vittar sempre está falando contra o preconceito e buscando empoderar seus fãs. Em “Indestrutível”, a drag se direciona especialmente aos que sofrem bullying e violências preconceituosas diariamente, dizendo que aquilo tudo vai passar e sairemos disso mais fortes.
O grupo de rap LGBT Quebrada Queer chegou com uma canção incrível. Eles falam não apenas contra a homofobia, mas também contra o machismo e pela desconstrução de papéis de gênero opressivos.
Já gravada tanto por Preta Gil quanto por Ana Carolina, “Stereo” fala sobre bissexualidade, mas também sobre a liberdade de amar sem cobranças e sem afobações.
“Homens e Mulheres” é não só um ode à bissexualidade, mas também a possibilidade de gostar de homens e mulheres de todos os jeitos e estilos. Na voz de Ana Carolina, claro, a canção fica ainda mais poderosa.
Quando o casamento homoafetivo tornou-se realidade no Brasil, muita gente comemorou. Os Tribalistas, trio formado por Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte, também entraram na festa e fizeram uma canção para celebrar o chamado “casamento gay”.
Composição sobre uma profunda entrega amorosa e ao mesmo tempo uma “denúncia a instituições que minam a humanidade” – como o próprio cantor descreveu em entrevista –, o clipe de “Take Me To Church” chamou atenção por mostrar de forma impactante a violência contra homossexuais, 2014. Até hoje, as pessoas comentam no vídeo do YouTube: “Eu não sou gay, mas essa letra me atingiu”.
“Garotas gostam de garotas como garotos gostam, nada de novo” (em tradução livre) é um dos versos mais simples e certeiros dessa faixa. Apenas uma das canções de Hayley a tratar sobre temas da comunidade LGBT, “Girls Like Girls” é um dos jeitos da cantora – abertamente lésbica – mostrar que não há nada de errado em não ser hétero.
Indicada ao Grammy 2019 na categoria álbum do ano, Janelle trouxe o tema da bissexualidade em diversas letras do “Dirty Computer” (2018). O clipe de “Make Me Feel” joga o tempo inteiro com dualidades; tudo para representar o desejo tanto por homens, quanto por mulheres.
“True Colors” não é apenas uma ótima música muito querida por LGBTs, é o início de uma declaração de amor de Cindy Lauper pela diversidade. Em 2007, a cantora fez uma turnê chamada “True Colors Tour”, que teve seus lucros doados para organizações que apoiam LGBTs. Em 2010, Cindy foi uma das fundadoras do True Colors Fund, que ajuda jovens LGBT sem teto nos Estados Unidos.
“A Namorada” parece só uma música com ritmo dançante e contagiante de Carlinhos Brown, mas é mais que isso. Ela fala sobre o assédio sofrido por mulheres lésbicas, mesmo quando elas estão acompanhadas de suas namoradas ou esposas. Na canção, ele aconselha um rapaz a parar de investir em uma mulher, afinal, “a namorada tem namorada”.
Hoje em dia, é difícil conhecer um LGBT que não seja fã de RuPaul. A carreira da drag cantora e apresentadora, no entanto, veio bem antes de seu reality “RuPaul’s Drag Race”. Ru já atuou em filmes e séries, e também lança álbuns desde 1993. Uma de suas principais canções, “Supermodel”, conta um pouco da própria história.
Tema de “O Mágico de Oz”, essa canção era cantada por Judy Garland, muito querida por gays na década de 60. Há quem diga que sua morte, dias antes do início das rebeliões de Stonewall, acendeu o ânimos da comunidade LGBT e teve alguma responsabilidade pelos enfrentamentos que aconteceram.
Com suas roupas extravagantes e ritmo dançante (e, agora, com um álbum de covers lançado pela Cher), ABBA sempre foi uma banda adorada pela comunidade LGBT. “Dancing Queen”, seu maior sucesso, está presente em várias festas e boates, especialmente nas noites de flashback.
*Esta matéria foi originalmente escrita pelo jornalista Renan Wilbert com colaboração de Bárbara Martins, para o site Reverb.
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