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Pesquisadores da University of South Wales, no Reino Unido, descobriram uma maneira não invasiva de proteger bovinos de ataques de leões em Botswana, na África. Ao desenhar olhos “fake” no bumbum dos animais, os cientistas e pastores notaram uma diminuição significativa de mortes de gado causadas pela caça natural de grandes felinos da região.
Em trabalho conjunto com a Botswana Predator Conservation — uma entidade de luta pela conservação de espécies selvagens no país africano —, os pesquisadores britânicos e os pastores locais passaram quatro anos estudando o que aconteceria se pintassem a região traseira de bois.
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Donos de bois pintando um olho na parte traseira do animal / Foto: Bobby-Jo Photography
Como explica o site “My Modern Met”, os resultados foram surpreendentes e mostraram que os membros do rebanho que receberam pinturas de olhos tinham muito mais chances de sobreviver a ataques de leões do que aqueles sem qualquer marca ou pintados com outro modelo de desenho.
O conceito por trás da escolha da pintura de olhos está no mimetismo defensivo, uma estratégia presente em muitas espécies de animais que se disfarçam de maneira a enganar e se proteger de predadores, como fazem borboletas e outros insetos.
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Após observações cuidadosas, os pesquisadores notaram que a principal tática de ataque dos leões consistia no “elemento surpresa”, ou seja, em chegar sem ser notado. De acordo com diversas experiências, esses leões acabavam enganados pelos olhos pintados e desistiam dos ataques.
Com a recorrência de mortes de bovinos por leões, muitos donos de terras, infelizmente, recorrem a meios ilegais para matar a vida selvagem em nome da proteção de seu rebanho. Então, ao adicionar a simples ação das pinturas à rotina das fazendas, eles podem potencialmente salvar os próprios animais sem colocar espécies selvagens em perigo.
Ao longo dos quatro anos de estudo, 2.061 bovinos foram observados em 49 sessões de pintura. Cada sessão durou 24 dias e os rebanhos foram divididos em três partes.
Uma das partes recebeu os olhos pintados; outra recebeu uma cruz simples; e o restante ficou sem marcação. Dos 683 bovinos pintados com olhos, nenhum morreu ao longo dos quatro anos. Quinze dos 835 bovinos não pintados morreram nas mãos de leões, enquanto outros quatro dos 583 animais pintados com cruz morreram.
Contudo, como qualquer técnica não letal, há a possibilidade de os predadores se acostumarem com as pinturas e ela parar de surtir efeito. Por isso, os pesquisadores sugerem que a pintura não seja feita em todo o rebanho, mas sim nos animais mais valiosos.
De qualquer forma, a alternativa não violenta representa um passo importante sobre a importância de não prejudicar a vida selvagem em benefício da agropecuária.
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