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Seu Ailton é personalidade famosa no bairro onde trabalha, mas poucas pessoas sabem seu nome. Não é sua pessoa física que é conhecida na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, nas ruas próximas à praça Xavier de Brito, mas sim, os personagens que interpreta como vendedor de pipoca. Em um carrinho iluminado por luzes de led e embalado com música em caixas de som, seu Ailton é o pipoqueiro do pop, que se veste de personalidades da música e do cinema para alegrar crianças, adultos e pedestres que passam pelas redondezas da “praça dos cavalinhos” nos fins de tarde.
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Há mais de 25 anos, ele divide a vida entre a portaria do prédio onde trabalha, na rua São Miguel, e sua querida “carroça”, como chama o carrinho de pipoca. Pela manhã até o começo da tarde, Ailton trabalha nos afazeres gerais do edifício. Por volta das 17h, veste a fantasia escolhida para o dia e incorpora personalidades como Roberto Carlos, Luciano Pavarotti, Beyoncé, Xuxa, Pabllo Vittar e até o rei do pop, Michael Jackson.
“Eu faço no embalo, com meu gingado, meu jeito. Tem gente que passa com o carro e fala para eu dançar e eu faço do meu jeito. Não sou bom nisso, mas eu dou meu gingado e faço de uma maneira totalmente diferente do Michael Jackson. Eu não sou profissional, mas o pessoal gosta”, se diverte o pipoqueiro, querido por onde passa no bairro carioca, em entrevista ao Reverb.
Seu Ailton não tem medo de circular por entre carros e ônibus. Com muito fôlego, ele passeia dançando e fazendo performances que levam os moradores dos prédios mais altos às janelas. O som pode ser ouvido mesmo lá de cima.
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“Claro que eu quero vender, mas eu fico mais preocupado de dançar e brincar. O pessoal fala: ‘quando a gente vê, você está lá embaixo e não para. A gente quer comer uma pipoca, minha filha quer falar contigo e não consegue’. É que eu passo dançando, passo zoando. Realmente, eu não paro”, conta.
Mesmo com a vida agitada, ele não pretende parar tão cedo. Aos 50 anos, diz que, apesar dos problemas de saúde, o pique é de um “garoto de 25 ou 30”.
“Vou pensar nisso (ser pipoqueiro) até os 65 anos… Para falar a verdade, eu não penso não. Eu penso em Deus me dar saúde até os 80 anos que, se eu puder, eu vou dar uma zoada. Vocês vão ser testemunhas…”
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