Prepare-se para ouvir algumas verdades: fritadeiras elétricas não são fritadeiras. São equipamentos com pequenos fornos que funcionam como uma grelha e que fazem o ar quente circular muito rápido. Sabe aquela carne vegetal? Não é carne. E nem aquele queijo vegano é queijo. A pergunta a se fazer é: por que não damos nomes novos a coisas novas e apenas reutilizamos nomes antigos?
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Airfryer, a fritadeira elétrica, é um ótimo exemplo de algo novo que ganhou um nome de algo antigo.
A primeira parte da resposta está no fato de que confiamos mais do que já conhecemos. Ao mesmo tempo, gostamos de desbravar novidades e entender aquilo que pode trazer melhorias ao nosso dia a dia. A conjunção perfeita está em algo que lembra aquilo que já gostamos, mas, ao mesmo tempo, é novo. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Neurociência Cognitiva da University College London, objetos novos ativam uma área de recompensa do nosso cérebro.
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A relação com o que já nos é familiar tem a ver com o que psicólogos chamam de “efeito dotação”. Esse fenômeno psicológico basicamente mostra como atribuímos mais valor aquilo que já é nosso ou que relacionamos a algo que temos. Esse sentimento vem de uma relação de vínculo que temos com o que já faz parte da nossa história. O vendedor ou o anunciante da sua “fritadeira elétrica” sabe disso. Não à toa deu a ela um nome que poderia remeter a uma experiência positiva anterior.
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A ideia de algo familiar, porém nova, é como o ditado popular: a união do útil com o agradável. E quanto mais esse produto for exposto a você — em campanhas de marketing — mais você sentirá o efeito das duas nuances. É oferecer ao comprador algo que ele tem curiosidade para conhecer e experimentar, ao mesmo tempo em que confia na bagagem familiar que seu nome carrega.
