O governo Donald Trump executou uma mulher que estava no corredor da morte nessa quarta-feira (13). Desde 1953, uma pessoa do sexo feminino não era executada pela administração federal americana. Lisa Montgomery, de 52 anos, recebeu uma injeção letal e faleceu a uma da manhã do dia 13 de janeiro de 2021, sendo a primeira pessoa a ser vítima da pena de morte em 2021 nos Estados Unidos.
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Lisa foi executada pelo governo Trump; ela é a primeira vítima mulher da pena de morte em 67 anos sob ordens de Washington
Trump bateu recorde de execuções
Lisa Montgomery foi condenada à pena de morte por ter assassinado Bobbie Jo Stinnett. Ela era moradora do Kansas e dirigiu até o estado do Missouri para roubar a filha de Bobbie Jo, que estava grávida de oito meses. Montgomery espancou Stinnett, abriu sua barriga com uma faca de cozinha e retirou o bebê vivo de sua mãe, que faleceu na hora. Ela queria fingir que aquele era seu filho.
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O caso chocou os EUA. A assassina é a primeira mulher a receber a pena de morte nos EUA desde 2015, quando Kelly Gissendaner foi executada pelo estado da Georgia. Explicamos, a pena de morte ordenada pelos estados ainda é comum nos Estados Unidos, mas foi abandonada pela administração federal há alguns anos.
As últimas execuções ordenadas pelo governo federal nos EUA pré-Trump datavam de 2003. Em 2020, o mandatário retomou a prática e 10 homens foram assassinados pelo governo estadunidense.

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A última vez que um presidente ‘pato manco’, apelido dado ao presidente que ocupa um cargo que abandonará em breve, ordenou uma execução, foi em 1889. Há 131 anos, a gestão do democrata Grover Cleveland autorizou o assassinato de um indígena Choctaw chamado Richard Smith, mesmo com a derrota eleitoral. Agora, os três homens executados pela gestão Trump desde o dia 4 de novembro, data em que perdeu a eleição, eram negros.
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“Com uma próxima administração que expressou intenção de acabar com a pena de morte federal, os passos da administração Trump de acelerar execuções e promulgar um regime regulatório mais relaxado para as execuções parece particularmente vingativo e dissonante”, afirma um relatório do DPIC (Centro de Informação da Pena de Morte).
Donald Trump tem utilizado seus últimos momentos na presidência – ele só deixa a Casa Branca na próxima quarta-feira (20), para atirar em todos os lados. Ele concedeu perdões presidenciais para figuras controversas, ordenou seus apoiadores a invadir o Capitólio e foi banido de todas as redes sociais. A intenção é instaurar o caos.