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Adnan Oktar é um líder de um culto sexual apocalítico que foi condenado, nesta segunda-feira (11), pelo tribunal de Istambul (Turquia). O homem de 64 anos acabou acusado por 10 crimes, entre eles agressão sexual, abuso sexual de menores, fraude, sequestro, extorsão e tentativa de espionagem política e militar. Ele deverá cumprir uma sentença de 1.075 anos de prisão, segundo a emissora NTV.
Confirme mostram as investigações, Adnan Oktar é o chefe de uma seita considerada uma organização criminosa pelos promotores. Enquanto pregava visões conservadoras, Oktar mantinha uma espécie de harém, cujas integrantes eram chamadas por ele de ‘gatinhas’ – quase todas submetidas a várias cirurgias plásticas. Tudo sob a tutela do abusador.
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Adnan Oktar e seus seguidores foram presos em 2018 e julgados em 2021
As mulheres eram vistas dançando em programas supostamente ‘religiosos’ apresentados por Oktar na TV online – a A9 – da qual é dono. Oktar é tido como muito próximo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre quem disse merecer “comandar a Turquia até o fim dos tempos”.
Cerca de 236 suspeitos foram julgados no caso, 78 dos quais estão presos, de acordo com a agência de notícias oficial Anadolu. Durante o julgamento, Oktar chegou a dizer ao juiz que tinha cerca de mil namoradas.
Os favores sexuais do seu ‘harém’ eram estendidos a membros da cúpula da seita. Pessoas que deixaram o culto afirmaram, na condição de testemunhas, que Oktar comandava a tudo com mão de ferro, decidindo, inclusive, qual o tipo de procedimento estético as mulheres deveriam se submeter.
“Todas tinham que ser iguais. O penteado, os sapatos, as jaquetas… Tinha que ser das marcas mais caras, como Versace e Gucci”, revelou uma delas.
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Uma das mulheres no julgamento de Oktar, identificada apenas como CC, declarou ao tribunal que o líder da seita havia abusado sexualmente dela e de outras vítimas. Por repetidas vezes, salientou. Algumas das mulheres estupradas pelo abusador foram forçadas a tomar pílulas anticoncepcionais, CC revelou ao júri.
Questionado sobre 69 mil pílulas anticoncepcionais encontradas em sua casa pela polícia, Oktar justificou que elas eram usadas para tratar doenças de pele e irregularidades menstruais. A teologia de Oktar, que também utilizava os nomes de Adnan Hoca e Harun Yahya, prega que a teoria da evolução das espécies é uma farsa e que o fim do mundo está próximo.
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