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Um grupo de cientistas de 9 países diferentes liderados por pesquisadores suecos conseguiram recuperar e datar a mais antiga amostra de DNA já descoberta, encontrada em dentes de mamutes na Sibéria: entre as três amostras registradas, a mais antiga pode ter 1,65 milhão de anos. Os molares foram descobertos na década de 1970, e foram mantidos no Instituto Geológico da Academia Russa de Ciências, e cada fóssil recebeu o nome do local onde foi achado: o mais velho foi chamado de Krestovka, o “do meio”, com cerca de 1,34 milhão de anos, foi batizado como Adycha, e o mais novo, com “somente” 870 mil anos, é chamado de Chukochya.
Love Dalén e Patrícia Pečnerová com a presa de um mamute na região
A novidade foi publicada na revista científica “Nature”, e se trata do mais antigo DNA do mundo já descoberto, traçado e datado – para tal foi preciso sequenciar pedaços diversos de DNA encontrados nos dentes, e o Krestovka é tão antigo que remonta a uma linhagem até então desconhecida de mamutes, de um período anterior à existência de humanos e neandertais. “Acho que usar DNA antigo dessa forma é um pouco como viajar no tempo, usar uma máquina do tempo”, afirmou Love Dalén, professor de genética evolutiva no Centro de Paleogenética de Estocolmo e autor sênior do estudo. “Voltar um milhão de anos – que é muito, muito longe no tempo – nos permite estudar a evolução como ocorreu – e é muito animador”.
O fóssil Krestovka, presa do mamute onde se tirou o mais antigo DNA já registrado
O Chukochya, fóssil mais jovem entre os estudados, é de um dos primeiros mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius) conhecidos, e as informações recolhidas a partir dos três dentes apontam para uma série de descobertas a respeito da evolução desses animais – e, logo, da evolução como um todo.
O fóssil Adycha
O estudo confirma, por exemplo, que diversas adaptações surgidas por conta do frio, como pelos, depósitos de gordura, ritmos cardíacos adaptados e outros reguladores de temperatura, apareceram antes do surgimento dos próprios mamutes – como mutações vivenciadas por seus ancestrais com o passar de muito tempo.
O fóssil Chukochya
Antes de tal estudo o DNA mais antigo registrado datava de 780 mil anos atrás e, segundo os pesquisadores suecos, o salto dado pela descoberta pode vir a ser ainda maior – e que é possível traçar e recuperar dados genéticos de mais de 2,6 milhões de anos atrás, especialmente por conta dos estudos com fósseis encontrados no permafrost. “Ainda não atingimos o limite. Um palpite bem fundamentado seria que poderíamos recuperar o DNA de 2 milhões de anos de idade e, possivelmente, 2,6 milhões. Antes disso, não havia permafrost onde o DNA antigo pudesse ser preservado”, afirma Anders Götherström, também autor da pesquisa.
Parte da mandíbula com molares de um mamute onde se encontrou DNA
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