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O macarrão mais raro do mundo é de tal forma complexo e incríveis sem sua feitura e sabor que mais parece uma verdadeiras obra divina, feito viesse preparados de outros mundos que não o nosso como fios de deus. E não por acaso esse é seu nome: Fili di Dio em italiano (ou Su filindeu, no dialeto sardo local) quer literalmente dizer “fios de Deus”, é preparado na região da Sardenha, na Itália, e seu preparo é tão difícil de ser feito à perfeição que se estima que somente três mulheres no mundo saibam fazê-lo. A questão não está na receita, nos ingredientes nem no preparo, mas sim na técnica para fazer a massa – tão fina que é quase transparente, e dobrada 32 vezes até chegar a três camadas de 256 “fios de Deus” em cada.
A relação divinal é ainda mais profunda, e sua origem é oriunda de uma celebração religiosa festejada na região de Nuoro desde o ano 800 d. C. na cidade de Lula, quando, em 01 de maio, a festa de São Francisco é comemorada. A massa é feita com farinha de semolina, água e sal, sem fermento, e depois é amassada por bastante tempo – para em seguida começar o processo de esticar a massa.
A dobra começa por 8 tiras esticadas, que devem ser dobradas e puxadas pelas 32 vezes que formaram os 256 fios. O resultado é em seguida colocado sobre uma superfície plana e redonda de madeira em três camadas, para em seguida secar sob o sol da Sardenha.
Quando seco, o resultado é um imenso e belo disco transparente, que será quebrado em partes para ser cozido em um denso caldo e com generosas porções de queijo pecorino fresco.
Quem já provou garante que o resultado da pasta vale o esforço e faz jus ao nome, como uma pasta divina – e por isso o imenso lamento em pensar que o Fili di Dio é uma das tradições gastronômicas mais ameaçadas de extinção do planeta, que nem mesmo Jamie Oliver quando visitou a região foi capaz de realizar, aprendendo diretamente com Paola Abraini, uma das três pessoas que possuem a técnica dos fios de Deus.
Ou pior: antes de Oliver, em 2015 uma equipe de engenheiros da Barilla também visitou Paola, a fim de desenvolver uma máquina capaz de reproduzir sua técnica, mas nem mesmo tal investida deu certo, e a máquina simplesmente não funcionou corretamente. Há de haver algo na região, pois o queijo mais raro – e talvez o mais nojento (ainda que os especialistas garantam também se tratar de um dos mais saborosos) também é da Sardenha, feito com larvas vivas.
Paola Abraini, uma das três pessoas capazes de fazer os fios de Deus
A técnica de Paola – aprendida por ela diretamente de sua mãe, que também aprendeu com sua mãe, e retornando assim por séculos e séculos – já foi devidamente filmada, anotada e detalhada como um meio para que a feitura do Fili di Dio não simplesmente desapareça – mas nada garante que outra pessoa além de Paola, Salvatora Pisano ou Grazia Selis, as outras duas pessoas, será capaz de realmente realizar o preparo da massa mais difícil, mais rara e mais ameaçada de extinção do planeta. O jeito é mesmo contar com a ajuda divina para que esse prato continue a existir por mais tantos séculos.
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