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A série “Todas As Mulheres Do Mundo” estreou na Rede Globo no dia 2/02 e vem sendo criticada por conta de uma suposta romantização do estereótipo do “homem pegador“. Uma produção original Globoplay, a narrativa se inspirou em obras do ator, diretor e dramaturgo carioca Domingos de Oliveira (1936 – 2019).
Protagonizada pelo arquiteto Paulo, interpretado por Emilio Dantas, a produção passeia pelas aventuras amorosas de um homem que, nas palavras do próprio personagem, “se apaixona por todas as mulheres [com quem se relaciona], uma de cada vez, rapidamente”.
Com roteiro e direção de fotografia bastante poéticos, a série mostra também como o amor-paixão de Paulo pela personagem Maria Alice (Sophie Charlotte) atravessa todas as outras relações mais efêmeras do arquiteto.
Disponível no Globoplay desde abril de 2020, a série “Todas As Mulheres Do Mundo” foi escrita por Jorge Furtado e Janaína Fischer com inspiração no filme homônimo de 1966 e em mais sete textos de Domingos de Oliveira.
Mas por que isso é importante? Como afirma o jornalista Rodrigo Lorenzi em vídeo para o canal “Vino Série”, no YouTube, Paulo pode ser popularmente caracterizado como “esquerdomacho, maníaco e chato” dentro do contexto social atual.
Pelo menos parte disso acontece porque o personagem pega inspiração no jornalista Paulo, que é o protagonista do filme original e se caracteriza por ser um garanhão, um mulherengo, sem grandes preocupações com os sentimentos das mulheres com quem se envolve.
À esquerda, o Paulo da série de 2020; à direita, o Paulo do filme de 1966
“O protagonista é, de fato, aquele esquerdomacho chato que usa do amor, da poesia, da liberdade, para conseguir transar“, diz Rodrigo Lorenzi, no vídeo.
“Provavelmente, você vai se irritar com ele, porque eu me irritei, todo mundo tá se irritando. […] Porém, a gente tem que lembrar que ele é um personagem baseado em um personagem dos anos 60′, que era um bon vivant, um machistão, que, naquela época, ainda era bem aceito”, continua o jornalista.
“Aí, eles precisam colocar aquele homem de 1960 nos dias de hoje, para dialogar com o feminismo, com as mulheres de hoje”, finaliza ele.
Eu sinto uma raiva incompreensível toda vez que sou obrigada a ver propaganda de Todas as Mulheres do Mundo.
— aline ramos (@_alineramos) February 3, 2021
“A gente não aguenta mais esquerdomacho desconstruidão colecionando mulher até encontrar ‘the one'”, escreveu a usuária do Twitter “@ka_mart”, em resposta a um tuíte da usuária Aline Ramos (@_alineramos).
“Esse estereótipo de homem-cafajeste-amor-livre dá nos nervos”, comentou “@user3971”.
Apesar das críticas, Rodrigo Lorenzi elogia o roteiro, os atores, a fotografia, algumas reflexões e a nacionalidade da série.
“É legal também prestigiar mais uma boa produção brasileira, porque a gente não vive só de série da Netflix nem de série norte-americana, inglesa”, diz ele.
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