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O direito à livre manifestação de opinião e ao protesto é premissa inviolável e intransferível de qualquer democracia – ou assim deveria ser. Na política, porém, muita coisa que deveria se dar na teoria é diferente na prática, e a terra da liberdade que os EUA se diz são o mais perfeito exemplo de tal contradição. É o que mostra o caso dos dois manifestantes recentemente acusados de crime de agressão contra o empregado de um restaurante onde uma manifestação aconteceu no ano passado – segundo o juiz que aceitou a denúncia, a arma utilizada para a “agressão” seria o megafone, e o impacto do crime teria sido contra a audição do funcionário.
Entrada do restaurante Townhall, em Cleveland, sobre o qual se deu a manifestação © reprodução
O caso contra Josiah Douglas, de 25 anos, e Sidney Yahner, de 21 anos, corre na justiça do condado de Cuyahoga, no estado de Ohio, nos EUA, e se refere a um protesto ocorrido em 12 de julho, como reação a um comentário racista e negacionista feito pelo gerente do restaurante TownHall, em Cleveland, no Facebook em maio. A manifestação na qual Douglas e Yahner usaram seus megafones foi organizada pelo grupo With Peace We Protest, como uma das tantas realizadas contra o restaurante após a declaração do gerente Bobby George. Segundo notícias, após uma série de críticas e avisos judiciais por conta do fato dos funcionários não estarem então usando máscaras e nem respeitando protocolos de segurança, George teria dito que “se você odeia tanto esse país, deveria voltar para o país de onde veio”.
Segundo a polícia e vídeos da manifestação, tratou-se de um protesto pequeno, no qual de fato os dois manifestantes foram identificados utilizando o megafone para contar casos de racismo e misoginia ocorridos no restaurante, assim como para emitir sirenes e outros sons como parte do protesto. A acusação veio por parte da funcionária Jacqueline Boyd, que afirma ter perdido parte da audição de forma permanente após a sirene do megafone ter sido disparada em sua direção enquanto ela se aproximava do restaurante. Além de funcionária do TownHall, Boyd também é prima dos proprietários do estabelecimento.
Os dois manifestantes processados em Cleveland, durante os protestos © reprodução
Segundo o advogado Peter Pattakos, que representa os dois manifestantes, a decisão de aceitar a acusação é “ultrajante” e significa uma “mensagem assustadora” para todo mundo que quiser exercer seu direito de protestar. Segundo Pattakos, as acusações são mentirosas e tinham como objetivo impedir novos protestos. “Esse protesto foi observado de perto por diversos policiais, designados especialmente para tal tarefa, e nenhum deles viu motivo algum para intervir, apesar dos insistentes pedidos de Boyd para que o fizessem”, comentou Pattakos. Segundo o advogado, o ocorrido na realidade se deu a metros de distância da funcionária, e somente por poucos segundos, a fim de justamente chamar atenção dos policiais e por conta de uma arma que estava sendo apontada contra os manifestantes.
© reprodução
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