Tecnologia

App provoca nostalgia e medo ao dar vida para fotos antigas de anônimos e personalidades

01 • 03 • 2021 às 10:39
Atualizada em 01 • 03 • 2021 às 10:42
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

As redes sociais foram tomadas por um sentimento de nostalgia no último final de semana de fevereiro. Um aplicativo que dá movimento para fotos antigas se tornou o assunto mais importante dos últimos dois dias. 

O ‘My Heritage’ é a empresa responsável pelo aplicativo que utiliza um serviço chamado ‘Deep Nostalgia’ (ou ‘nostalgia profunda’ em tradução livre) para animar fotos estáticas, tendo como resultado retratos de entes queridos que já se foram e nomes importantes da história como o pintor holandês Van Gogh, que pode ser visto ‘vivo’ a partir de um movimento meio bizarro dos olhos e boca. 

O escritor Lima Barreto: 

Deepfake

O aplicativo é bem parecido com o sistema de animação de fotos utilizado  pelo iOS em Iphones, por exemplo. A diferença é que o ‘My Heritage’ pode fazer isso com qualquer câmera. O programa utiliza vídeos pré-gravados de movimentos faciais e aplica os resultados de acordo com as características do rosto eternizado no retrato. 

A ideia do live action, dizem os fabricantes, é incentivar uma interação afetuosa com pessoas queridas que já se foram. “O app é para uso nostálgico. Ou seja, trazer ancestrais amados de volta à vida”, diz a ‘Deep Nostalgia’ em comunicado sobre o aplicativo. 

Apesar das boas intenções, o dispositivo levanta questões sobre o deepfake – ferramenta desenvolvida com o uso da Inteligência Artificial para dar movimento e voz às personalidades e líderes mundiais. A prática, que deve ser proibida em países como a Inglaterra, é utilizada em grupos de notícias falsas por ser um instrumento fácil de manipulação popular. 

A tecnologia por trás do ‘Deep Nostalgia’ foi desenvolvida por uma empresa de Israel, a D-ID, que também se apossou da Inteligência Artificial e algoritmos treinados para dar vida aos retratos. Para os desconfiados, o ‘My Heritage’ esteve envolvido no vazamento dos dados de 3,3 milhões de brasileiros em 2018. 

O abolicionista negro Frederick Douglas:

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