Debate

Covid: professor diz que ‘pessoas morrem’ e dá risada ao comentar pandemia

29 • 03 • 2021 às 12:56
Atualizada em 29 • 03 • 2021 às 13:05
Redação Hypeness
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O professor José Ricardo Sabino aparece dando gargalhadas ao falar das pessoas mortas pela covid-19 durante a pandemia que já fez 311 mil vítimas no Brasil. Sabino, que tem título de doutorado, dá aulas na Universidade Federal de Goiá (UFG) – estado que  registrou 11 mil óbitos pelo novo coronavírus.

“Você vai me chamar de genocida, mas as pessoas morrem, sabe? As pessoas morriam antes da pandemia. Há indícios de que as pessoas morriam antes. Há indícios de que não havia UTI antes da pandemia”, afirmou gargalhando.

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Além de debochar das mortes, o professor ainda defendeu o uso de remédios não comprovados cientificamente

Falou sobre tratamento precoce 

Em outro trecho do vídeo, o professor insiste em falar sobre medicamentos que não possuem eficácia comprovada no tratamento da covid-19. “Há indícios de que continua negando que remédios podem fazer algum auxílio. Há gente negando, apesar de haver estudos”, diz. 

“Eles resolveram não estudar os remédios”, continua, com informações falsas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não tem evidências científicas ou recomendações sobre a eficácia de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento de humanos. 

Após Sabino zombar dos mortos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo) e Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) emitiram notas de repúdio. 

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Em nota, a UFG informou que apura o caso junto à ouvidoria e que considera “inaceitável toda e qualquer declaração desrespeitosa sobre as mortes causadas pela Covid-19”. Por meio do Conselho Universitário (Consuni), a instituição agora investiga Sabino, que emitiu uma nota com um pedido de desculpas após a repercussão negativa de suas declarações. A depender da conclusão do caso, ele poderá ser expulso da UFG.

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Foto: Reprodução/Youtube


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