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O Dia Internacional da Mulher é considerado por muitas pessoas como apenas uma data de homenagens e pretentes. Mas, diferente do que se diz por aí, o #8M é marcado por raízes históricas profundas e sérias. A luta por direitos em uma sociedade marcada pela opressão ao sexo feminino transformou o significado do 8 de março, que se aproxima de suas origens: o chão de fábrica.
Conforme mostrou matéria da BBC, o Dia da Mulher é originário da luta de trabalhadoras de fábricas nos Estados Unidos e em partes da Europa. A data é celebrada desde o início do século 20 e foi oficializada pela Orgnização das Nações Unidas em 1975. A luta começou quando as mulheres citadas inciaram uma campanha dentro do movimento socialista exigindo direitos iguais ao homens, que já gozavam de condições superiores no ambiente de trabalho.
Dia Internacional da Mulher no Rio de Janeiro, em 2019
O Dia Internacional da Mulher está relacionando no Brasil ao incêndio que atingiu uma empresa em Nova York. O incidente aconteceu em 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, tirando a vida de 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus). O fato evidenciou as más condições enfrentadas por mulheres durante a Revolução Industrial.
Não há um consenso sobre a data, já que existem registros anteriores que já apresentam reivindicações de mulheres por condições melhores de trabalho, inclusive com um espaço exclusivo na agenda de luta. Se fosse possível fazer uma linha do tempo dos primeiros ‘dias das mulheres‘ no mundo, ela começaria possivelmente com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York.
Dia da Mulher é dia de luta
A revolução também encontrou espaço na Rússia, precisamente em 1971, quando milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra. O que se tornou uma greve acabou virando o pontapé incial para Revolução Russa, além de ter dado origem ao Dia Internacional da Mulher. Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho. Na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16 horas por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos.
Em 1913, as mulheres já protestavam pelo direito de votar nos Estados Unidos. Nessa época, eram frequentes os protestos também por melhores condições de trabalho. Em 1917, houve um marco ainda mais forte daquele que viria a ser o 8 de março quando um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial – movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa. O protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo e 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje.
– ‘Rabo de saia’ e ‘rachada: assim se define a mulher nos dicionários
Mulheres sofrem mais os efeitos da pandemia
Para Eva, esse dia tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece até hoje. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres. “Já faz mais de cem anos que isso foi levantado e é bom a gente continuar reclamando, porque os problemas persistem. Historicamente, isso é fundamental, pontuou.
“Certamente, o 8 de março é um dia de luta, dia para lembrarmos que ainda há muitos problemas a serem resolvidos, como os da violência contra a mulher, do feminicídio, do aborto, e da própria diferença salarial”, observou Eva Blay, explicando que, mesmo passadas décadas de protestos das mulheres e de celebração do 8 de março, a evolução ainda foi muito pequena. “Acho que o que evoluiu é que hoje a gente consegue falar sobre os problemas. Antes, se escondia isso. Tudo ficava entre quatro paredes. Antes, esses problemas eram mais aceitos, hoje não”, disse à BBC.
Como foi dito ao longo do texo, o Dia Internacional da Mulher é de luta. O machismo se faz presente de diversas maneiras, como em uma pesquisa realizada por dois acadêmicos brasileiros que atuam em universidades europeias, Malu Gatto (professora da University College London) e Victor Araújo (pesquisador da Universidade de Zurich), mostram que municípios brasileiros com eleitores mais conversadores carecem de políticas píublicas de combate à violências contra a mulher do que cidades mais progressistas.
No estudo, que analisou a aplicação da Lei Maria da Penha em todos os 5.570 municípios brasileiros a partir de dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi apurado que eleitores conservadores costumam considerar menos urgentes e prioritárias medidas governamentais para reduzir a agressão contra mulheres, o que na prática limita a adoção de ações onde esse segmento tem mais peso político.
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