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A Nova Zelândia se tornou o segundo país do mundo a dar legalmente uma licença remunerada após casos de aborto espontâneo. O país caminha para a aprovação do projeto de lei que dá três dias de licença paga às mulheres que sofreram com a perda de um bebê. A legislação também garante o direito aos pais e cônjuges que passaram por esse incidente.
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Lei pode ser um guia para o resto do mundo; foi o partido da premiê Jacinda Ardern que conseguiu a aprovação do projeto simples e revolucionário
A Nova Zelândia já havia garantido, no ano passado, uma legislação de legalização do aborto bastante avançada e agora segue com mais um tema importante sobre a vida das mulheres.
O projeto de lei tem apoio dos dois grandes partidos do parlamento neozelandês – tanto a direita quanto a esquerda apoiam a licença – e já foi aprovado. Agora, resta a sanção da governadora geral da Nova Zelândia, a Dama Patsy Reed, representante da Rainha Elisabeth na ilha.
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O bill garante três dias de licença paga para as pessoas que tiveram o aborto espontâneo e estende o benefício aos seus cônjuges. Com a legislação sancionada, a Nova Zelândia se tornará o segundo país no mundo a garantir o direito; somente a Índia possui uma lei similar, mas que raramente entra em vigor por mais de 80% de sua população trabalhar de maneira informal.
“O aborto espontâneo é uma experiência muito normal, mas ser normal não significa ser fácil; não significa que não haja dor. Por muito tempo, por conta do silêncio e dos estigmas sociais, forçamos mulheres – em sua maioria – em apenas fingir que nada disso aconteceu. Esse silêncio causou muita dor e machucou a vida de milhares de pessoas. Mas esse silêncio está sendo quebrado e o Parlamento está, finalmente, debatendo esse tema“, afirmou Jan Logie, deputada do partido ecológico neozelandês.
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Jacinda Ardern, líder do partido Trabalhista e Primeira Ministra da NZ, na Marcha do Dia Internacional das Mulheres em 2017
A parlamentar que propôs o projeto, Ginny Andersen, do Partido Trabalhista, afirmou que a origem da lei é a experiência de sua mãe. “Eu descobri o que era um aborto espontâneo através de minha mãe. Ela passou duas vezes pela situação, uma antes de eu nascer e outra depois que nasci. Era muito nova para lembrar dela indo ao hospital, mas ela sempre teve abertura para falar sobre o que passou em sua saúde mental e corporal.”
“Essa lei é primordialmente sobre direitos trabalhistas e justiça, mas também espero que ela promova abertura na nossa sociedade para falar sobre gravidez, seus riscos e suas dores. Não devemos ter medo dos nossos corpos e silenciá-los para sempre. É apenas parte da vida”, explicou Andersen.
Até a deputada Erica Stanford, dos Nationals, partido de direita da NZ, afirmou que apoiava o projeto, mas que desejava adicionar uma extensão para mulheres que fizeram o aborto por vontade própria. “A dor e a angústia do aborto voluntário também são importantes. E não incluí-las nessa legislação me deixa incomodada, profundamente desconfortável”, disse.
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