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Samia Suluhu Hassan tornou-se no último dia 19 a primeira mulher a assumir o cargo de presidente da Tanzânia. A histórica mudança ocorre após a morte recente do ex-presidente John Pombe Magufuli, de quem Hassan era vice, e que desde o início da pandemia posicionou-se de forma negacionista e radical, afirmando que o país havia se livrado da Covid-19 através de orações, não promovendo o uso de máscaras ou a prática de protocolos de segurança nem oferecendo maiores esforços para que o país obtivesse a vacina. Magufuli não era visto em público desde o final de fevereiro, e sua morte segue envolta em mistério: segundo a oposição, ele teria falecido justamente após contrair a Covid-19.
Samia Hassan presente no velório do presidente John Pombe Magufuli no último dia 26
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A posse de Hassan aconteceu em rápida cerimônia na capital Dar es Salaam, e foi vista com bons olhos pela comunidade internacional: a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou em seu perfil no Twitter que “os Estados Unidos estão prontos para trabalhar pelo fortalecimento das relações entre os países”. Segundo afirmou em seu discurso de posse, para a nova presidente do país do leste africano o momento é de superar diferenças. “Este não é um momento para apontar dedos, mas sim para dar as mãos e seguir em frente juntos”, disse Hassan, que ocupará o cargo até 2025, quando o mandato de 5 anos para o qual Magufuli havia sido reeleito no ano passado chegará ao fim.
A nova presidente da Tanzânia se encaminhando para sua cerimônia de posse
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A nova presidente da Tanzânia reafirmou o combate à corrupção como uma das pautas centrais de seu governo, mas a condução do país diante da pandemia será o grande desafio de sua administração. Com 60 milhões de habitantes, a Tanzânia é um dos países mais populosos do continente africano, mas viveu o último ano praticamente sem políticas públicas de controle da Covid-19 – pelo contrário: o presidente anterior afirmava que o vírus era um demônio do ocidente, questionou o funcionamento dos testes e recomendou soluções caseiras para a doença, como uma mistura de gengibre, cebola, limão e pimenta.
O governo Magufuli escondeu os dados da pandemia no país, não atualiza oficialmente as informações e número sobre o impacto do novo coronavírus desde maio do ano passado, e “explicou” a onda recente de mortes por lá como sendo provocada por pneumonias. Até a confirmação da morte do ex-presidente – seu velório aconteceu no último dia 21 e reuniu multidões sem máscaras, distanciamentos sociais ou protocolos de segurança – o paradeiro de Magufuli era desconhecido, e quem questionasse o estado de saúde do presidente poderia ser preso.
John Pombe Magufuli, ex-presidente da Tanzânia
Apesar da oposição confirmar que sua morte teria ocorrido por conta da Covid-19, a representação oficial do ex-presidente afirma que o motivo de seu falecimento teria sido problemas cardíacos. Ainda que a posse de Hassan seja vista como uma boa notícia de modo geral, os críticos à administração Magufuli afirmam que é cedo para se esperar uma mudança na conduta do governo, e que a nova presidente pode dar continuidade às políticas e à rigidez do mandatário anterior.
Natural de Zanzibar, a política de origem muçulmana tem 61 anos e mestrado em “Desenvolvimento econômico comunitário” pela Universidade Livre da Tanzânia, e pela universidade de Southern New Hampshire, nos EUA. Antes de se tornar a primeira presidenta do país, Samia Suluhu Hassan já havia sido pioneira no cargo de vice-presidente, e trabalhado diversas vezes como ministra, tanto em Zanzibar quanto na Tanzânia.
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Hassan trabalhou em programas de alimentação e liderou a proibição ao uso de sacolas plásticas no país em 2019, quando supervisionava o Ministério do Meio Ambiente. Segundo especialistas, a nova gestão governará um país abalado pela pandemia e pelo esforço autoritário de Magufuli com um base mais fraca do que o governante anterior, e sob a pressão dos seguidores e do clã do presidente falecido.
Samia Suluhu Hassan durante sua cerimônia de posse
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