Sustentabilidade

Golfinhos são capturados e mortos através do uso de tortura sonora

22 • 03 • 2021 às 10:32 Redação Hypeness
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Caçadores de golfinhos vem desenvolvendo métodos ainda mais cruéis e eficaz para capturar, aprisionar e matar os animais em troca de ganhos financeiros – que incluem torturas sonoras que facilitam a caça.

Tal cenário de mortes em massa foi denunciado recentemente pela Sea Shepherd Global, uma ONG internacional que atual pela preservação da vida marinha, e acontece em locais em que a caça é legalizada, como nas Ilhas Faroé, um território dependente da Dinamarca, em Taiji, no Japão, e na costa oeste africana.

Dois golfinhos na superfície

A tortura sonora faz os golfinhos perderem sua rota e serem encurralados © Getty Images

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Segundo ativistas da ONG em matéria para a BBC, os caçadores promovem uma barreira sonora martelando uma barra de ferro na água, induzindo com isso os animais a perderem sua rota para serem encurralados e, enfim, capturados ou mortos.

Os golfinhos mais jovens e sem marcas ou ferimentos são poupados para serem vendidos a parques aquáticos e outras atrações turísticas similares – o restantes dos animais é morto para que sua carne seja vendida: o abate normalmente acontece com golpes de lança no espiráculo, orifício respiratório do animal.

Barco de caça de golfinhos

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A estimativa afirmada por ativistas ligados a ONG é que um golfinho morto renda uma média de US$ 600 dólares com a venda de sua carne principalmente no Japão, mas o animal vendido vivo e treinado pode alcançar valores de até US$ 200 mil dólares, equivalentes a mais de R$ 1,1 milhão de reais.

De acordo com a denuncia, muitas vezes os próprios treinadores dos parques, aquários ou resorts escolhem o animal capturado no próprio local das caças.

Barra de ferro martelada na lateral dos barcos para torturar os golfinhos na água

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Hábitos culturais japoneses

No Japão a matança de golfinhos é muitas vezes justificada como meio de controle de população dos peixes na região, mas também por hábitos culturais e supostas tradições – especialistas brasileiros comparam com a Farra do Boi, os rodeios e as vaquejadas – mas as práticas permanecem: a pressão internacional é pouca, já que muitos países preferem manter as boas relações comerciais com o Japão.

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O país permite que 2 mil golfinhos sejam abatidos por ano ao longo da temporada de caça, que costuma durar de setembro a fevereiro, mas quando os caçadores ultrapassam a cota, apresentam uma justificativa e são liberados.

Barco de caça de golfinho

Na temporada de caça dos golfinhos é permitido capturar até 2 mil animais no Japão

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© fotos: Sea Shepherd Global/divulgação/crédito


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