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Qual a relação entre tranças e negritude? “Cuidar dos cabelos é antes de tudo, cuidar da cabeça, um espaço profundamente simbólico. É, por extensão, cuidar da pessoa. Pentear os cabelos é um momento ritualizado de vivenciar todo o que a cabeça representa para a pessoa e para seu grupo”. (LODY, 2004, p:100)
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A frase usada pelo trancista Ayo, do Nego Tranças, para explicar o simbolismo de seu trabalho com tranças fala muito da conexão entre ancestralidade e contemporaneidade do negro. “O método é passado por meio da observação de forma familiar, onde os parentes e amigos passam as técnicas para as futuras gerações”.
Como trancista, vejo e experiencio que as tranças carregam energia para o corpo, resgatando autoestima. Uma pessoa negra feliz é um ato de vida
Cabelo feito pelo Ayo, da Negô Tranças
Ayo em ação
Agora a tecnologia chega para jogar a favor e abrir espaço para que esse conhecimento chegue até as pessoas. Percebendo a dificuldade que era encontrar um profissional na área, o desenvolvedor de aplicativos Gabriel Nogueira, de 28 anos, criou o Real Braids, uma plataforma para tentar facilitar o encontro entre as trancistas e clientes.
“Comecei a notar que havia uma deficiência no atendimento desse tipo de profissional, que acabava perdendo clientes por não ter uma forma organizada de contato”, conta Nogueira ao UOL.
O valor das tranças depende do tipo de penteado e do material usado
Como este trabalho ancestral é feito mais por pessoas em suas casas – ou na casa da cliente – e não em um salão específico, os contatos acabam sendo mais no boca a boca. Fora a divulgação nas redes sociais.
A plataforma funciona como um app de encontros, que permite a localização de um trancista pelas imediações da pessoa interessada. A partir daí, é só contar qual o tipo de trança, cor, comprimento, materiais que deseja e solicita o agendamento – o profissional pode escolher se aceitar ou não o trabalho.
Cada trancista dá o preço ao seu trabalho, podendo variar de R$ 150 a R$ 400, dependendo do estilo do penteado, do comprimento dos fios e do material escolhido.
São muitas as opções de penteados
“Sabemos que as tranças percorrem toda história do negro desde África. No Brasil, antigamente, as tranças já foram usadas como forma de esconder alimento e mapear rotas de fuga, hoje, são formas de resistência contra um modelo estético eurocêntrico e ocidental”, escreve Ayo em sua página no Instagram.
O Real Braids foi ao ar em novembro de 2020 e, mesmo em primeira fase, já funciona perfeitamente, reunindo 660 pessoas, entre clientes e trancistas. A maioria dos profissionais está concentrada na Grande São Paulo e na zona norte do Rio de Janeiro, mas com o tempo devem surgir mais profissionais por todo o país.
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