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Viver 65 anos quando a expectativa de vida média é de 35. Em qualquer país do mundo, a pessoa que ultrapasse de forma tão clara essa marca seria vista como uma espécie de anciã, uma fonte lendária de sabedoria que poderia guiar e aconselhar nos trajetos sórdidos e duros de uma existência cheia de perigos.
Anyky Lima foi uma dessas. A militante histórica do movimento LGBT que superou a expectativa de vida de 35 anos das mulheres trans brasileiras faleceu na última quarta-feira (14) e deixou um legado importantíssimo na luta contra a transfobia no nosso país.
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Anyky Lima é um exemplo: alertou para a crescente violência contra transexuais e cruzou a linha da expectativa de vida, sendo exemplo para outras milhares de mulheres trans
Anyky nasceu no bairro de Padre Miguel, no Rio de Janeiro, e sofreu com a transfobia e a homofobia na família. Sobreviveu à epidemia de HIV, à ditadura e à violência transfóbica desde jovem. Por 50 anos, trabalhou como prostituta. Foi passando pela vida e sempre acolheu meninas trans, em especial as trabalhadoras sexuais, como ela.
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Ela lutava há anos contra um câncer e sucumbiu à doença. Sua perda causa grande efeito em diversas associações e organizações pró-LGBT. Ela era um exemplo para milhares de pessoas trans ao redor do país.
“Anyky viveu e morreu lutando! Além de ter sobrevivido a ditadura, a epidemia do HIV nos anos 80/90, a ausência e omissão do estado, a violência e o transfeminicídio, era uma grande defensora dos direitos das pessoas LGBTI+ e lutadora pela cidadania da população de Travestis e demais pessoas trans. Sobreviveu as estatísticas e se tornou idosa em um País onde a expectativa de vida de uma travesti ou transexual é de 35 anos”, afirmou nota da Antra (Associações Nacionais de Trans e Travestis).
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“Anyky foi uma grande defensora dos direitos humanos e dedicou muito de sua vida na luta pela construção de uma sociedade mais justa e que respeite a diversidade”, afirmou a vereadora belorizontina Duda Salabert (PDT-MG).
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