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O que fazer com todo o lixo eletrônico que produzimos anualmente? A resposta de uma startup neozelandesa é uma só: joias. Para não ferir o meio-ambiente nem desperdiçar a alta quantidade de metais valiosos como ferro, cobre e ouro que existem nos smartphones, computadores, tablets, videogames e tantos mais, o trabalho da empresa Mint Innovation é o de justamente transformar o que seria tratado como lixo – e dos mais poluentes possíveis – em fonte para a feitura de peças luxuosas, valiosas e ecologicamente corretas.
A empresa visa combater o desperdício, a poluição e ainda aquecer a economia
-Relógio feito de lixo (e lindo) é aposta de empresa focada em inovação sustentável
Segundo matéria do jornal neozelandês The Print, o processo desenvolvido pela startup não só é ecologicamente correto e biotecnológico como se desenvolve em baixo custo para recuperar os metais do lixo eletrônico. “Imagine que o ouro do seu velho laptop pode terminar no dedo de alguém, ou ser reutilizado em novos aparelhos”, comentou Will Barker, chefe executivo de inovação da Mint. O projeto utiliza micróbios e químicos de baixo custo para o processo, minimizando o impacto ambiental e garante proteção ou destruição total de dados eventuais dos equipamentos.
Ilustração mostra a presença de ouro, prata e cobre em um chip
-Artista cria joias vivas que continuam crescendo enquanto você as veste
A oferta é verdadeiramente imensa: segundo relatório do Forum Econômico Mundial, 15% de um smartphone, por exemplo, é feito de cobre e outros componentes, 10% de outros metais e 3% de ferro. Se multiplicarmos tais quantias pelos 53.6 milhões de toneladas de lixo eletrônico gerado somente em 2019, de acordo com relatório da ONU, e então temos a dimensão do impacto ambiental e das possibilidades de atuação de uma empresa como a Mint.
Uma peça de ouro, já recuperada ao fim do processo
-Estilista brasileiro utiliza o upcycling para criar peças e acessórios exclusivos
A ideia é fazer da iniciativa um verdadeiro combustível para aquecer as economias locais através do upcycle desses materiais eletrônicos, como diz Barker. “Idealmente esses metais devem ser vendidos de volta ao comércio local, como joalheiros e manufaturadores, para criar assim uma verdadeira economia circular”, afirmou. A empresa levantou cerca de US$ 14 milhões de dólares para construir suas duas primeiras biorefinarias, em Sidney, na Austrália e na região nordeste da Inglaterra.
São mais de 53 toneladas de lixo eletrônico por ano no mundo © Getty Images
-Esta lixeira-robô é capaz de separar material reciclável
O impacto pode ser realmente considerável, já que somente a refinaria australiana terá capacidade de processar até 3.500 toneladas de lixo eletrônico por ano. Mas ambições da Mint vão bem além: para fazer diferença real no impacto ecológico e econômico global que a iniciativa pode oferecer, os planos são de, no futuro, funcionar uma biorefinaria em cada grande cidade do planeta.
Os metais estão em todo tipo de aparelho, como smartphones e computadores
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