Debate

Claudia Leitte é criticada por resposta ‘gratidão’ em pergunta sobre pandemia

24 • 05 • 2021 às 11:25
Atualizada em 24 • 05 • 2021 às 11:33
Karol Gomes
Karol Gomes   Redatora Karol Gomes é jornalista e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual. Há cinco anos, escreve sobre e para mulheres com um recorte racial, tendo passado por veículos como MdeMulher, Modefica, Finanças Femininas e Think Olga. Hoje, dirige o projeto jornalístico Entreviste um Negro e a agência Mandê, apoiando veículos de comunicação e empresas que querem se comunicar de maneira inclusiva.

O Brasil vive uma crise de saúde causada, principalmente, pela posição negacionista do governo Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 450 mil pessoas.

Parece não existir, com tal cenário, mais espaço para dúvidas ou para escapar de posicionamentos políticos, especialmente para pessoas públicas. Como diria Nina Simone: “É uma obrigação do artista refletir o seu tempo”. Mas tem gente que ainda não entendeu a gravidade da situação, como demonstrou Claudia Leitte no programa “Altas Horas”, que foi ao ar no último sábado (22) na TV Globo.

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Quando perguntada pelo apresentador Serginho Groisman sobre sua indignação, a cantora respondeu de maneira vaga e escapista. “A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, chutar as barracas, mas eu acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo. E se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão”, disse.

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“Acho que eu me declarei”, disse cantora após discurso vazio.

Logo depois de sua fala, Serginho seguiu para as outras convidadas, Deborah Secco e Ana Maria Braga, que foram mais firmes e sérias sobre a pandemia. “O que me indigna mesmo é a gente normalizar as piores coisas e seguir adiante como se ‘tudo bem, é isso mesmo’. Não é isso mesmo. Isso não pode continuar sendo isso mesmo. As coisas têm que mudar”, respondeu a atriz. A apresentadora do “Mais Você” completou dizendo: “Por exemplo, a falta de vacinas que hoje o Brasil passa. A gente não pode achar isso normal”.

Já o padre Júlio Lancelotti, também presente no debate, falou sobre a situação de miséria e dor que vê em São Paulo, que segundo ele se tornou ainda mais grave durante a pandemia. O pároco pediu mais solidariedade.

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