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O maior palco flutuante do mundo fica em Bregenz, na Áustria, e é sobre ele que anualmente acontece o Festival de Bregenz, um dos mais incríveis e singulares festivais de ópera do mundo – pois nele, junto da música e das interpretações, a grande estrela do evento costuma ser o próprio palco. Para receber grandes montagens de alguns dos maiores clássicos da ópera internacional, o festival transforma a superfície sobre as águas do lago Constance em uma obra cenográfica gigantesca – tornando ainda mais épica e grandiosa cada apresentação.
Montagem de La Boheme, de 2002
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Uma das mais célebres montagens ocorridas no festival se deu no ano 2000 para a peça Um Baile de Máscaras, do compositor italiano Giuseppe Verdi: a cenografia transformou o palco em um imenso livro, sendo manuseado por um esqueleto saindo da água. São diversas, no entanto, as montagens inesquecíveis que tornaram o palco em obra grandiosa como a música ali executada – qual se deu em 2017 com a montagem da ópera Carmen, do compositor francês Georges Bizet: duas mãos saindo do lago atiram um baralho sobre o palco – e foi em cima das cartas gigantes que os artistas se apresentaram.
Montagem de Carmen, de 2017
Um Baile de Máscaras, de 2000
Cenário de Fidelio, de 1995
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A história do festival começa no ano seguinte ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, celebrando a obra de Mozart e, claro, o fim do conflito. A cidade de Bregenz, porém, não possuía então um teatro, e decidiu tornar sua principal atração, o vasto lago Constance, no palco de tal celebração. Inicialmente a ideia era que a montagem flutuante fosse uma solução temporária, mas o sucesso foi tamanho que em 1950 o festival se tornou oficial, e passou acontecer durante os meses de julho e agosto anualmente. São costumeiramente duas as estruturas montadas sob as águas: uma para receber os cantores, atores e atrizes, e outra para a orquestra, e cada obra escolhida é apresentada por dois anos consecutivos.
Outra montagem de Carmen, de 1991
Cenário para West Side Story, de 1981
As 1001 Noites, em 1959
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A plateia se localiza em uma semi arena, um semicírculo inclinado com capacidade para 7 mil pessoas, e pode apreciar não somente os espetáculos e o forte apelo visual do palco, mas também os pores-do-sol que costumam abrilhantar ainda mais as montagens. Para se apresentar no festival é preciso, além da excelência no canto e na atuação propriamente – ou em seu instrumento, se tratando de um membro da Orquestra Sinfônica de Viena, a maior parceira do festival – é necessário saber nadar e não ter medo de altura: já houve acidentes em que um artista acabou sem querer na água, mas ninguém se feriu.
A última montagem antes da pandemia, de Rigoletto, em 2019
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A pandemia fez com que pela primeira vez em 74 anos o Festival de Bregenz deixasse de acontecer, em 2020 – manteve-se no teatro a céu aberto a estrutura da montagem de Rigoletto, ópera de Verdi que foi apresentada em 2019, sem cumprir seu segundo ano no Festival. Por isso, a montagem de Madame Butterfly, de Giacomo Puccini, teve de ser adiada, e na volta do Festival, em julho e agosto de 2021, o segundo ano de Rigoletto será enfim realizado, com 28 apresentações agendadas.
Outras montagens menores e apresentações de música e poesia completam a programação do festival, que pode ser vista na íntegra aqui.
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