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A ilha de Kihnu, no mar Báltico, é um grito de resistência e resiliência feminina. Com cerca de 700 habitantes, ela pertence à Estônia e é conhecida como “o último matriarcado da Europa” por conta do papel que suas mulheres exercem na sociedade. São elas as responsáveis por administrar a vida na ilha, uma vez que, historicamente, os homens não costumam ficar em terra.
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Mulheres e crianças da ilha de Kihnu dançam em trajes típicos.
Os homens ficam com a tarefa de sair para o mar para pescar e cuidar da caça de animais marinhos. As mulheres ficam encarregadas de prover tudo o que for necessário.
Entretanto, o avançar da idade da maior parte da população tem colocado a ilha absorta em risco. Dominada pelos soviéticos no passado, a ilha de Kihnu e sua cultura rica de tradições é considerada um Patrimônio Mundial da Humanidade.
A fotógrafa norueguesa Anne Helene Gjelstad viajou até lá para retratar a vida das mulheres de Kihnu. Suas fotos foram publicadas no livro “Big Heart, Strong Hands”, “coração grande, mãos fortes”, em tradução livre.
“Se um trator quebrasse, não havia um homem por perto, então as mulheres tiveram que aprender a consertar o trator. Elas tinham que alimentar os animais, tomar conta dos cavalos no campo, das vacas para o leite, das galinhas, das ovelhas para a lã ara que elas pudessem ter roupas no inverno…”, diz a fotógrafa, em entrevista à “BBC”.
Ela explica que não é como se não houvesse homens na ilha. “Eles estão lá, só não estão participando da vida cotidiana”, reforça.
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De acordo com a reportagem do canal britânico, quando uma mulher de Kihnu envelhece e completa 60 anos, ela começa a preparar os arranjos de seu próprio funeral. Entre as atividades, estão costurar as roupas que ela vai usar para ser enterrada e luvas para distribuir aos homens que ela escolher para carregar seu caixão.
Parte das fotos de Anne Helene foram tiradas durante o velório de uma senhora de Kihnu. A cerimônia aconteceu na cozinha da casa dela, com cerca de 20 outras mulheres sentadas ao lado de seu caixão. As imagens são delicadas e, ao mesmo tempo, fortes.
A fotografia de Anne Helene durante o velório de uma senhora de Kihnu.
Outro momento marcante para Gjelstad foi durante uma sessão de fotos com a cantora folk Kihnu Virve, muito conhecida na Estônia. Anne Helene fez um registro da artista com seu filho e ouviu algo que não esperava.
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“Ela me disse que aquela era a primeira foto que ela e seu filho já haviam tirado juntos. Ali eu percebi o quanto é importante registrar esses momentos, tirar essas fotos de família. Mostra que você pode ser famosa, mas nunca ter tirado uma foto com seu filho.”
Anne conta ter sentido a necessidade de registrar a vida em Kihnu, com suas mulheres e suas tradições. “É uma história que eu tinha que contar para preservá-la no futuro.”
Kihnu Verve posa ao lado de seu filho na foto tirada por Anne Helene; foi o primeiro registro feito dos dois juntos.
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