Maior explosão solar recente está enviando radiação para a Terra e Marte

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Desde o dia 12 de maio, o Brasil é uma das regiões da Terra que está recebendo uma intensa radiação solar. A atividade fora do comum é fruto de duas grandes explosões solares que começaram no dia 9 e foram detectadas pela Nasa. A Islândia, o Alaska, algumas regiões do Reino Unido e outras em altas latitudes também são alvo. 

– Tempestade solar: que efeitos teria hoje o evento que causou um apagão no Canadá em 1989

A tempestade foi detectada por uma sonda da Nasa conhecida como SOHO, sigla para “Solar and Heliospheric Observatory”. Ela foi lançada ao espaço em 1995 e desde então acompanha “de perto” os movimentos do Sol. Por intermédio de um instrumento chamado de “Large Angle and Spectrometric Coronagraph” (Lasco), a Nasa consegue obter registros do Sol sem a interferência da luz do astro. 

Ainda maior do que a radiação enviada à Terra é aquela que chegou a Marte. A tempestade que atingiu o Planeta Vermelho irrompeu de uma região do Sol conhecida como AR 12822.

– Imagens inéditas de sonda da Nasa mostram ‘fogueiras’ na superfície do Sol

Tempestades solares têm escala como a dos terremotos

Especialistas avaliam a intensidade das tempestades solares a partir de uma escala, assim como é feito com os terremotos e a escala Richter. As explosões solares menores são classificadas como A. A sequência segue para B, C, M e X, sendo esta última a mais forte. 

De uma letra para a outra há um aumento de 10 vezes na produção de energia. Ou seja: uma explosão solar de X é dez vezes maior que a de M e 100 vezes maior que a de C. Para cada letra, há ainda uma subdivisão de 1 a  9. 

No fim do ano passado, o Sol entrou no que os cientistas chamam de ciclo 25 de sua vida. Espera-se que ele atinja o pico de sua atividade no ano de 2025.