Modelo fala como relação com vitiligo abriu caminho para carreira

O modelo Roger Monte tinha 23 anos quando reparou em uma mancha na pele. Era o primeiro sinal do diagnóstico que viria no ano seguinte, já aos 24, com outras manchas tomando seu corpo: vitiligo. 

– Ela registrou seu processo de aceitação do vitiligo para inspirar outras pessoas

A descoberta não foi fácil. Ainda mais porque aconteceu ao mesmo tempo que o fim de um relacionamento tóxico. “Quando essa relação chegou ao fim, as manchas aumentaram e junto com elas aumentou o meu desespero, meu estresse… Minha autoestima foi no chão”, disse  o modelo, em entrevista ao “Só Notícia Boa”.

Roger conta que, na época, chegou a usar corretivo para disfarçar as manchas da doença. Quando as marcas começaram a aparecer mais, ele se viu passando a maquiagem em todo o rosto. Entre os preconceitos que vivia diariamente, o pior deles era o nojo que ele sentia de si.

– Depois de sofrer bullying por seu vitiligo, ela transformou seu corpo numa obra de arte

O caminho de libertação e amor próprio foi longo, mas hoje o modelo está realizado. Aos 37 anos, ele trabalha como vendedor em uma loja, mas é agenciado como modelo por escritórios de moda em São Paulo e no Rio de Janeiro, já participou de programas de televisão e deu entrevistas até para jornas estrangeiros, com o britânico “Daily Mail”.

“Meu amor próprio, por mim, pela minha história, pelas minhas cores, é precioso demais pra mim. Hoje eu não chamo o vitiligo de doença. Eu chamo de característica! E eu sou orgulho da característica que Deus me presenteou porque ela me fez ser quem eu sou.”

– Fotógrafo com vitiligo faz ensaio arrasador com modelos na mesma condição